CRÔNICAS

O Armando da Bica

Em: 14 de Abril de 2012 Visualizações: 69071
O Armando da Bica

Dizem que minutos antes de morrer a gente vê um filme com os melhores momentos da vida. Dizem que as imagens, em célere retrospectiva, nos mostram pessoas, lugares, situações, frases, risos, gestos e até silêncios. Dizem que na viagem de regresso pelos caminhos já trilhados, vamos recolhendo os nossos passos. Dizem que desviver assim deixa nossa alma inundada de paz e dizem, ainda, que essa é uma maneira bonita de se despedir da vida.

Dizem. Mas ninguém jamais voltou para confirmar a ocorrência desse adeus, cuja trajetória nos leva de volta ao útero materno. Se for verdade, porém, cabe perguntar quais foram as principais cenas do filme que Armando Dias Soares - o Armando Português - viu no quarto do Hospital Beneficência Portuguesa, em Manaus, pouco antes de morrer, aos 77 anos, na última terça-feira, 10 de abril. Se me dão licença,vou imaginar algumas.

Aposto que ele reviu os seus amores, suas três mulheres: dona Lourdes - esposa e fiel companheira, e as filhas - Ana Cláudia e Ana Lúcia. E, é claro, contemplou a si próprio, de jaleco azul, madrugada adentro, servindo aos clientes cerveja, caipirinha, petiscos, bolinho de bacalhau e sanduíche de pernil, no bar que se tornou uma referência tão importante para Manaus quanto seu vizinho da Praça São Sebastião, o Teatro Amazonas.

O filme não pode deixar de fora as cenas de tantos carnavais patrocinados por esse mecenas da boemia, que trabalhava duro, de sol a sol, para que os outros pudessem se divertir. É que o Bar do Armando, frequentado pelos boêmios da cidade e por turistas nacionais e estrangeiros, abriga uma das bandas mais tradicionais do carnaval manauara, a Banda Independente da Confraria do Armando, a famosa BICA, que todos os anos coloca alguns políticos na berlinda, com muito humor e senso crítico.

A Banda da Bica não saiu em 2012 em respeito à saúde já abalada de seu mentor, atacado por traiçoeira leucemia, mas em sua última edição, no ano anterior, explorou o tema "No reinado do Belão, todo mundo mete a mão", satirizando o deputado Belarmino Lins, então presidente da Assembleia Legislativa, envolvido no escândalo da obra do governo federal, paga e não executada pela empreiteira de sua família.

É quase certo que o filme selecionou algumas imagens compartilhadas pela mídia local. O português mais amazonense que já viveu entre nós e que nunca perdeu seu sotaque deve ter se divertido, por exemplo, rebobinando as cenas da sessão da Câmara Municipal, que lhe concedeu, em 1998, o título de Cidadão de Manaus, confirmando oficialmente aquilo que o povo já havia reconhecido e consagrado nas ruas.

As outras lembranças permanecem, no entanto, embaralhadas, dando razão a Nelson Rodrigues, que nos ensina:

- A morte de um velho amigo é uma catástrofe na memória. Todas as nossas relações com o passado ficam alteradas.

Um velho amigo

Preciso ajuntar os cacos da memória para revelar as imagens do Armando recém-chegado de Portugal, em 1953. Foi aí que eu o conheci. Ele tinha, então, 17 anos. Encontrou Manaus submersa em água, numa das maiores enchentes de sua história. Com ajuda do tio, dono da Casa Dias, arrendou a taberna da dona Bati, na esquina da Rua Xavier de Mendonça com o Beco da Bosta, no bairro de Aparecida. Era lá que a turma do dominó e da cachaça se reunia.

Eu era garoto, mas lembro bem a extraordinária capacidade de adaptação desse portuga, só comparável a dos cearenses. Generoso, em pouco tempo se tornou figura popular entre sua clientela pobre, para quem vendia fiado, anotando tudo numa caderneta. Perdoou dívidas e matou fome de muita gente. Vivia o cotidiano, as dores e alegrias do bairro. Quando meu irmão Domingos Sávio morreu afogado, aos dois anos de idade, nas águas do Mindu, Armando chorava tão copiosamente que se dona Elisa, minha santa mãe, não fosse um poço de virtudes, até eu desconfiaria da paternidade.

Pouca gente sabe, mas foi lá, na taberna da dona Bati arrendada pelo Armando, que nasceu, em data marcada, a Banda da Bica, ou pelo menos o espírito que anos mais tarde a animaria. Aconteceu no dia 22 de junho de 1957. Naquela noite, uma menina pobre do bairro, Terezinha Morango, participava no Hotel Quitandinha, em Petrópolis (RJ), do concurso de Miss Brasil, representando o Amazonas.

Terezinha é filha de uma caboca do Alto Solimões, dona Emir, com um português, o seu Manoel, ele também dono de um pequeno bar na Rua Alexandre Amorim, ao lado da casa dos padres redentoristas. Mas naquela noite, o bairro inteiro se concentrou foi na taberna do Armando, em redor de um rádio a válvulas, que irradiava o concurso, chiando mais do que o peito acatarrado do velho Santino.

O resultado saiu depois da meia-noite, anunciado pela voz rouca do Armando, que com a orelha encostada no aparelho reproduzia cada detalhe, com seu sotaque de Coimbra, inventando quando não entendia o que o locutor dizia. Foi aí que soubemos que a mulher mais bela do bairro era a mais bela do Brasil, pois havia derrotado a mineira Dorotéia, com quem disputara o primeiro lugar.

Houve uma explosão de júbilo, a batucada varou a madrugada, parecia a feira de São Severino, tinha homem, mulher e menino, todo mundo celebrando. O bairro estava parindo naquele momento a Banda da Bica, festejando a beleza e a vitória da filha do casamento do rio Tejo com o Solimões. No filme do Armando, Terezinha Morango, a Cinderela do Amazonas, aparece ao lado dos seus sete irmãos, que circulavam pelos becos e ruas de Aparecida: Zé, Getúlio, Antonieta, Marieta, Glória, Das Dores e Manoelzinho.

Houve repeteco um mês depois, no dia 19 de julho, quando Terezinha disputou em Long Beach, na Califórnia, o título de Miss Universo. Tirou o segundo lugar, perdendo para a peruana Gladys Zender. (Essas peruanas sempre se apoderando dos troféus do Amazonas!). O bairro voltou a fazer um carnaval, comemorando o título de vice mais bela do mundo com a alegria típica de vascaíno. É impossível que as imagens daquela festa tenham ficado de fora do filme que o Armando via enquanto desvivia.

A marmita do Armando

No ano seguinte, a precursora da Banda da BICA saiu uma vez mais pelas ruas do bairro para celebrar a Copa do Mundo conquistada na Suécia, com a taberna do Armando fornecendo o apoio logístico. Foi num domingo, 29 de junho de 1958, desta vez de manhã, em razão dos fusos horários. Foi nesse dia que Armando, que era solteiro e não cozinhava, contratou Geraldão, hoje meu cunhado, para ir buscar, diariamente, lá na Rua Luiz Antony, a marmita que sua tia Arminda preparava.

Geraldão, amigo do peito, me nomeou seu assistente de marmita, função exercida, modéstia à parte, com muita criatividade e competência. Na marmita do almoço, eu juro, a gente não tocava. Só olhava e cheirava. Mas na do jantar, considerando que vinham dois bifões acebolados aromatizados com azeite português, um deles era confiscado por nossa fome. Armando fingia que não via, dividindo o pirão com dois meninos pobres. Muitos anos depois, riu muito quando, de passagem por Manaus, lhe confessei a expropriação. Ele já sabia desde sempre.

As últimas imagens do filme que o Armando assistiu devem ter sido de sua santa terrinha, próxima à Coimbra, arborizada com choupais e cortada pelo Rio Mondego, onde ele, moleque, pescava trutas, savelhas, lampreias e outros peixes, e coletava ovos em ninhos de andorinhas, milhafres-pretos, alfaiates e outras aves.

Ele deve ter tomado muito "banho de igarapé" no Mondeguinho ou Corgo das Mós, o afluente que corre por um vale sinuoso da região. Prefiro imaginar que a derradeira cena que o nosso Armando viu foi a de sua longínqua infância - uma lavadeira cantando a Balada do Mondego:

 

"Ai oh água do Mondego,
Ai águas do Mondeguinho,
Num dos teus barcos à vela
Seguirei o meu caminho.
Ai oh água do Mondego,
Ai águas do Mondeguinho,
Deixa-me beber-te as águas
Que me vou pôr a caminho".

Ele, finalmente, se pôs à caminho numa tarde de abril, navegando num barco à vela para uma viagem sem volta. Fica aqui essa singela homenagem, com o agradecimento pelo bife no azeite de oliva, que certamente ocupará lugar de destaque no filme que vai me tocar ver. Dizem que dessa o Geraldão também não escapa. Dizem.

 

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71 Comentário(s)

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Gabriel Alvarez (via FB) comentou:
18/11/2017
Bonita lembrança de Armando, memória da bohemia de Manaus. Quantos sandwiches de pernil, queijo ou pernil com queijo, acompanhado de cervejas geladas, poetas, putas e universitários nas noites de Manaos. Quantos índios e antropólogos compartilharam conversas nessas mesas nesse cantinho na praça frente ao teatro olhando a cúpula dourada. Quantas amizades, amores e poemas se criaram no boteco, sob o olhar afetuoso do portugués Armando. Certa vez, para puxar conversa lhe perguntei se tinha cortado o cabelo. Ele, com essa lógica lusitana respondeu: "Não, mandei cortar". Como escutei no México: os mortos só morrem quando esquecemos deles. Armando continua vivo na memória dos que compartilhamos as noites no seu bar, frente à praça do teatro de Manaos..
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José Lopo comentou:
03/05/2012
Maravilha de texto. Poesia na essência.
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Maria de Nazaré Leite comentou:
26/04/2012
Parabéns pela homenagem ao Armando. Foi uma aula de história e viagem ao passado dos manauaras! Posso dizer que foi emocionante e ao mesmo tempo engraçado!!
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Clearco Castro comentou:
25/04/2012
Bonita homenagem a este Português cabra macho.
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Roberto Carvalho comentou:
25/04/2012
Triste, emocionante e bonito. Tudo o que se pode sentir nesse momento! Belíssima homenagem!
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Rummenigge Grangeiro comentou:
22/04/2012
Parabéns Babá, pela estuntiante e não menos agradecida homenagem à um homem de figura pública, porém singela e cativante, que acompanhou, no limpar de copo e mesas, olho à olho, em muita das vezes, a mudança do cenário politico local de camatore. Aqui, por hora, só nos resta a saudade e daquele ‘velho’ portuga.
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Marcelo Imoto comentou:
21/04/2012
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Fátima Ramos comentou:
19/04/2012
Foi emocionante revê-la enquanto espaço construído por pessoas comuns e encantadoras.
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Fátima Ramos comentou:
19/04/2012
É sempre um grande prazer ler as crônicas do Prof. José Ribamar Bessa. Por meio delas conhecemos parte da história do Brasil e da diversa cultura brasileira; conhecemos também conflitos políticos, sabores e dissabores do cotidiano dos povos da floresta... Sobretudo, nos deliciamos com o arranjo inteligente e poético da língua portuguesa. No caso desta crônica fascinou-me o lirismo da homenagem a um homem que ajudou a fazer de Manaus uma bela e aconchegante cidade do norte do país. Foi emocionant
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Jose Sobral comentou:
18/04/2012
Simplesmente emocionante!!
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Wanderlan Cardoso comentou:
17/04/2012
Graças a essa cronica muito bem orquestrada, tive o prazer de conhecer e fazer parte da vida do Armando da BICA. Obrigado Bessa... Obrigado Armando...
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Raffaele Novellino comentou:
17/04/2012
Quantos metros de calçada tinha a tua taberna, Armando? A sensação é que a praça toda era uma taberna só. Em tudo isso o mais impressionante para mim ainda é entender como alguém com pouco mais de meia dúzia de metros de calçada conseguiu compartilhar cada átomo desse concreto com tanta gente de todos os naipes, vitalizando a cultura da cidade por tantos anos. Nem precisou ser latifundiário e nem doutor. Acho que o Armando vai continuar armando outras coisas lá pelo mundo dos espíritos...
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melvin comentou:
17/04/2012
A minha maior intimidade com ele foi ter comido uns sandubas e tomado umas cervejas rodeado por ele, mas , a parte da ''marmita''... pô, desabei. Parabéns!!
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Jô Freitas comentou:
16/04/2012
Uma crônica maravilhosa e uma homenagem muito bem merecida..
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Malu Montani comentou:
16/04/2012
Obrigada por nos fazer viajar no tempo, pelas ruas de Manaus, dividindo cheiros, sabores, perdas, alegrias atraves das suas palavras. Elas nos aproximam ainda mais desta figura impar e de sua familia. As dedico aos meus filhos que conheceram seu Armando somente da banda, do sanduiche e da cervejinha gelada!
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Miraci Oliveira de Souza comentou:
16/04/2012
A saudade é imensa, porém as lembranças são eternas. Sabe Bessa, e 92 levei uns amigos para conhecer o bar do Armando, pedimos um sanduba de pernil, que nos foi servido com grande "prestesa". Fadigados da viagem de Itacoatiara á Mao, ele autorizou lavarmos o rosto em sua pia. A surpres foi que encontramos um frasco de magnésia-aquela do vidro azul. Essas e outra pérolas a gente se deliciava no bar desse Portuga-Brasileiro. Vai em paz Armando. Deus te receba em sua imensa glória.
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José Roberto Oliveira comentou:
16/04/2012
Excelente crônica professor, não podia ser melhor, creio que foi a melhor que você já escreveu e o homenageado melhor do que ninguém mereceu. Lá no céu ele está muito grato com certeza. São pessoas como seu Armando que engrandem nossa terra, que nos orgulham. Muito bom mesmo. José Roberto Oliveira.
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Marco Pessôa comentou:
16/04/2012
Quanta saudade! Restam as lembranças... e essas permanecem vivas para sempre! Fica com Deus Armando brasileiro! Obrigado Beça!
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carlos costa comentou:
16/04/2012
Também escrevi em meu blog crônica homenageando o Armando “OS ÓRFÃOS DO ARMANDO!” Quem primeiro usou essa frase título em uma emocionante e comovente matéria de jornal foi o companheiro jornalista Mário Adolfo, mas ele, com certeza, não se importará se reutilizá-la em minha crônica de novo! É por uma causa nobre que o farei porque agora todos os que te conheceram, Armando, e conviveram contigo e freqüentavam teu bar mesmo que esporadicamente como eu, ficaram órfãos mesmo com a tua mort
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José Maria Ortiz comentou:
16/04/2012
Bela crônica, Bessa. Bela cronica. Lendo-a, relembrei os dez anos em que morei em Manaus, e os trinta e cinco anos de amizade com Armando. Uma amizade sincera e extremamente fraternal. Vou sentir falta...
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Philippe Lena (2) comentou:
16/04/2012
Armando é uma figura de Manaus que se vai. E nessa primeira quinzena de abril foram também a Santuza Cambraia Neves (socióloga que provavelmente você conhecia) e, é claro, Gilberto Velho, os dois de AVC. Sem comentários...
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Philippe Lena (1) comentou:
16/04/2012
Leio sempre suas crônicas com o maior prazer e interesse, mas essa do Armando mexeu comigo. Não que tivesse com ele uma relação pessoal (embora eu lembre muito bem) mas não passei uma vez em Manaus sem tomar ao menos uma cerveja (em geral um pouco mais...) no bar dele. Incontornavel! Além do mais, nas minhas ultimas 6 ou 7 estadias em Manaus (a última em novembro, se não me engano) fiquei hospedado no Hotel 10 de Julho, então, o bar dele virou meu "quartier général"...
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Marilza Foucher (2) comentou:
16/04/2012
...A gente sabia tudo que se passava em Manaus, muitas fofocas sem maldades. Pois é Armando voce foi o portuga mais amazonense que eu conheci, quando eu passar ai em Manaus a praça de Sao Sebastiao nao vai ter o mesmo charme, nao sei se vou poder atravessar a rua...aliviar o calor tomando uma geladinha.Bom repouso na grande mão de Deus...os cachaceiros dizem amém
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Marilza Foucher (1) comentou:
16/04/2012
Pô Armando como é que voce nos deixa sem aquela geladinha? e quando eu passar em Manaus nao vou poder mais te dizer boa tarde, nem boa noite. Nao vou poder matar as saudades dos velhos amigos ...sem telefone, sem endereços o unico lugar possivel de revê-los era la contigo...Alguns diziiam que tu vas fazer no bar do Armando? Vás encontrar aqueles cachaceiros? Eles nao sabem que no teu barzinho, naquela mesa, ou naquelas mesas estava minha Manaus antiga, tomando um trago...
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Roque S. de Souza comentou:
16/04/2012
Essa sua crônica,"O Armando da Bica", é uma bela homenagem, bem escrita, para um que partiu na direção da Cidade de São Pé Junto. Meus parabéns!... .
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Alfredo MR Loes comentou:
16/04/2012
Com todo respeito aos Cem Anos do Gabriel Garcia Marquez, vc é demais, Babá!
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Júlio comentou:
16/04/2012
Voltar a Manaus sem o Armando... Vou este fim de mês sentir como é... Como será? Como vai ficar??
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Alexandre Gomes comentou:
16/04/2012
Mesmo sem conhecer Manaus, fiquei pemsando na capacidade adaptativa dos cearenses no Norte. Contibui com imagens da bela Terezinha Morango em 1957-8: https://www.google.com.br/search?q=terezinha+morango&hl=pt-BR&rlz=1C1SKPC_enBR443BR443&prmd=imvnso&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=0aiLT-uIEYXq8wTl2pHtCQ&ved=0CDYQsAQ&biw=1280&bih=656 Grande abraço, Bessa!
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Maria Aparecida Mafra (Blog Amazonia) comentou:
16/04/2012
Que relato mais emocionante, da morte deste amigo! palavras que parece que nos remetem ao local...a pessoa...que descanse em paz...
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Eduardo Alcântara comentou:
15/04/2012
Meu velho mestre Babá, lá do ICHL da Emílio Moreira, suas palavras refletem o pensamento dos amazonenses que aprenderam aquele "portuga" porreta.
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Ilcilene Mesquita comentou:
15/04/2012
Parabéns pela lembrança carinhosa e verdadeira dos momentos da vida de um grande homem que enalteceu a nossa terrinha com sua honestidade, amizade e respeito por todos os que tiveram a oportunidade de conhecê-lo de perto.
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Almir Barros Carlos comentou:
15/04/2012
Conheci o Armando, já em 1972, quando estudava no Colégio Estadual, mas o Tio Orlando(pai do Geraldão), nos falava do Portuga dos tempos da Taberna de Aparecida. Fiquei extasiado e deixo um único comentário : PORRETA!
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Ana Stanislaw comentou:
15/04/2012
Linda homenagem! Obrigada por esse delicioso passeio em tuas memorias.
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Gláucia Chair comentou:
15/04/2012
Crônica fantástica. Reflete o sentimento de toda a cidade. Que texto maravilhoso!
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Marco Antonio Gomes comentou:
15/04/2012
Não conheço Manaus, não conheci nem o Armando nem o seu bar e nem sua clientela mas fiquei emocionado pela sua homenagem a seu amigo!!!!Como você é leal aos que lhe são caros! Você não cabe no seu imenso coração grande mestre!
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miranda comentou:
15/04/2012
babá linda homenagem, ficamos tristes, mas, a BICA eo Armando são imortais.
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Roberto Abtibol - Escola Fé e Alegria comentou:
15/04/2012
Querido amigo Ribamar,Parabens pela crônica. Justa homenagem ao Armando Portuga. Ele foi responsável por garantir aos amazoanense uma espécie de ÁGORA TUPINIQUIM, certamente deixará saudades e um legado a todos . Resta a nós a possibilidade de reinventar com criatividade o trabalho iniciado pelo Querido Armando. Roberto Abtibol/ Escola Alternativa fé Alegria
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15/04/2012
Querido amigo Ribamar,Parabens pela crônica. Justa homenagem ao Armando Portuga. Ele foi responsável por garantir aos amazoanense uma espécie de ÁGORA TUPINIQUIM, certamente deixará saudades e um legado a todos . Resta a nós a possibilidade de reinventar com criatividade o trabalho iniciado pelo Querido Armando. Roberto Abtibol/ Escola Alternativa fé Alegria
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comentou:
15/04/2012
Querido amigo Ribamar,Parabens pela crônica. Justa homenagem ao Armando Portuga. Ele foi responsável por garantir aos amazoanense uma espécie de ÁGORA TUPINIQUIM, certamente deixará saudades e um legado a todos . Resta a nós a possibilidade de reinventar com criatividade o trabalho iniciado pelo Querido Armando.
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aurelio michiles comentou:
15/04/2012
Babá, Grande homenagem, supera as formais condolências para celebrar a memória. Tomara que o Bar do Armando não encerre as portas e continue a ser referência critica do inconsciente coletivo manauara. Soldações
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Marcelo Seráfico (PICICA) comentou:
15/04/2012
Marcelo Serafico disse... Belissima homenagem, Bessa! A perseveranca, adeterminacao, a tolerancia e uma generosidade sem restricoes sao tracos que fizeram do Sr. Armando o portugues mais brasileiro do Amazonas - ou seria o brasileiro mais portugues? -, mas tambem uma pessoa admiravel, um ser humano exemplar. Com ele partiu um pouco de todos os quen o conheceram e um pouco de uma cidade que nao se extraviou por completo gracas a referenciad como as criadas por ele.
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Erik Lorenzzo Marinho da Silva comentou:
15/04/2012
Bela homenagem! E, para as próximas gerações, fica um belo exemplo deixado por esse português de nascimento e amazonense de coração que, após atravessar um oceano, escolheu Manaus para realizar seus sonhos…
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Ivon Queiroz comentou:
15/04/2012
Bessa, Parabéns por essa fantástica homenagem ao nosso Armando. O roteiro do filme foi simplesmente genial! Sem duvida, a grande sacada da "película" está na confissão do roubo do bife do jantar. Valeu!
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william porto (Blog Lima Coelho) comentou:
15/04/2012
Fiquei emocionado com a sua homenagem ao Armando da Bica. Valeu. Você sabe preservar a memória das figuras populares.
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José Maria Mendes (2) comentou:
15/04/2012
Passagens que nos fortalecem como cidadãos e lem branças de que estamos mais perto da grande viagem. Para as meninas e a Lourdes nossos pesames. Zé Maria
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José Maria Mendes (1) comentou:
15/04/2012
Bessa, sua inigualável capacidade de escrita nos permite considerá-lo o porta voz de nossas gerações. Eu que tive o privilégio de acompanhá-lo e servi-lo na divulgação de suas pesquisas e de seus discípulos (Editora Metro Cúbico), compartilho do pesar da passagem de nosso amigo Armando de quem fomos vizinhos por 13 gostosos anos e serviamos, de graças, e os amigos que diziam: uma visita à Livraria do Zé para recompor a capacidade crítica e ao Armando para afogar as mágoas pela repressão.
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José Maria Mendes comentou:
15/04/2012
Bessa, sua inigualável capacidade de escrita nos permite considerá-lo o porta voz de nossas gerações. Eu que tive o privilégio de acompanha-lo e servi-lo na divulga ção de suas pesquisas e de seus discípulos, compartilho do pesar da passagem de nosso amigo Armando de quem fomos vizinhos por 13 gostosos anos e servia-mos, de graças, e os amigos que diziam: uma visita ao zé para recompor a capacidade crítica e ao Armando para afogar as mágoas pela repressão. Passagens que nos fortalecem como cidad
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Sônia comentou:
15/04/2012
Acabo de ler o Taqui prá Ti com a sua crônica sobre o Armando. Linda! Conheci ele levada pelo Narciso Lobo, junto com Gracinha e Vicky, americana de New Orleans que fazia um trabalho de campo sobre as mulheres na industria de produção de tecnologia nas fábricas de Manaus.Espero que a gente veja mesmo um filme e siga de mansinho... Um beijo, bom domingo,
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Vera Nilce comentou:
15/04/2012
esta cronica do José Bessa me levou ate à minha meninice em Manaus , emocionada com as lembranças , o Armando fez os melhores sanduiches que se pode ter comido ... o Armando era uma entidade em Manaus ... Linda cronica , merecida !
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Vera Nilce Cordeiro Correa (Facebook) comentou:
15/04/2012
gente esta cronica me fez emocionar , vou compartilhar
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Jandir Ipiranga Júnior comentou:
15/04/2012
Esta eu li de um só fôlego. E, chorei de saudades de um mundo que vivi, em parte. Vai "seo" Armando, que Deus lhe receba com a mesma alegria que um dia nos permitiu a sua distinta presença. Professor, esta sua crônica é o roteiro de um filme, que imortaliza nossas verdadeiras celebridades.
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Jurandir Costa comentou:
15/04/2012
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Cris Amaral comentou:
15/04/2012
Querido Prof. Bessa sempre é uma delícia ler todas as suas crônicas, que por vezes nos parecem versos de lindos poemas que teces. Parabéns sempre! Carinhos
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Ana Paula comentou:
15/04/2012
Grande Bessa, emocionante homenagem!
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Amarildo Machado comentou:
15/04/2012
Professor José Bessa, vc é magnifico, formidável a cronica essa homenagem ao Armando da Bica, mesmo sendo momento triste para família e amigos, vc expõe com muita sapiência como se dissesse seria trágico se não fosse hilário!
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Ana Paula Souto Maior comentou:
14/04/2012
Emocionante homenagem. Brilhante como sempre. Grande abç de Roraima!
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Gerson Vieira comentou:
14/04/2012
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Paulo Bezerra (2) comentou:
14/04/2012
Valeu amigo. Mas, são tantas histórias vividas e vivenciadas no Bar do Armando que dá até prá escrever um livro. Como sempre a crônica está impecável. Muita emoção. Eu ia ao bar do Armando sempre a tardinha quando ainda tinha poucos clientes, só para poder conversar mais tempo com ele. No período em que esteve internado a Ana Cláudia vinha tocando o bar. No dia 05 de abril 2012 fui até lá e me deparei com o bar fechado. Isso nunca havia acontecido. Me bateu uma tristeza tão grande que quase não
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Rosa Helena Mendonça comentou:
14/04/2012
Adoro ler suas crônicas, Bessa! Bom conhecer seu Armando Português pelo roteiro do seu filme...
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Pedro Guedes comentou:
14/04/2012
Bessa, hà muito tempo leio tuas crônicas e viajo nesse imaginário popular que consegues descrever como ninguém, e tuas homenagens às origens amazonenses são fantásticas,me trazem uma lição de vida fenomenal. Parabéns pela homegem a mais um personagem que fez parte de sua história de vida. Um forte abraço.
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Hilma da C unha Novoa comentou:
14/04/2012
Crônica maravilhosa e bem merecida. Parabéns a este escritor que é sempre motivo de muito orgulho para os seus conterrâneos.
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Hilma Roque da Cunha Novoa comentou:
14/04/2012
Crônica maravilhosa e bem merecida. Parabéns a este escritor cujos trabalhos são motivo de orgulho para os seus conterrâneos.
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Nana comentou:
14/04/2012
Parabens sempre Baba!!!! vc tem uma inteligencia diferenciada....foi um dos melhores professores que eu tive e escreve como ninguem. A homenagem que vc faz ao Armando , casado com minha prima Lourdes Soeiro, me colocou em sintonia com o nosso querido bairro de Aparecida e com meu pai que tb foi um homem muito trabalhador........ . Um fraterno abraco
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Paulo Bezerra comentou:
14/04/2012
♪♫ Eu tenho tanto ♪♫ pra de ti falar ♪♫ mas com palavras ♪♫ não sei dizer ♪♫ como é grande ♪♫ o carinho e a admiração que sinto ♪♫ por você. ♪♫ Armando, pára de trabalhar e....descansa em paz. PS. Ah, Babá tu sabe quem perguntou por ti ?.......não ?...Foi o “curalho” (Brincadeira repetida a exaustão pelo nosso querido Armando português)
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Osiris Silva e Arabi comentou:
14/04/2012
Você cresceu muito. De assistente de marmita do Geraldão, no bairro de Aparecida, em Manaus, a um dos maiores cronistas do Brasil foi um passo e tanto. Sentimos muito orgulho de haver sido seus colegas de Estadual e amigos até hoje. Grande abraço. Arabi e Osiris Silva
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João Bosco Seabra da Silva comentou:
14/04/2012
De um só fôlego lê-se essa narrativa enternecida de detalhes amigos e históricos da Aparecida, da Bica e de Manaus... ele (Armando) generosamente já agradeceu esta brilhante à Bessa....homenagem
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vânia novoa tadros 2 comentou:
14/04/2012
ARMANDO ALÉM DE TODOS OS MÉRITOS QUE JÁ FORAM DESTACADOS SOUBE ESCOLHER BEM A ESPOSA, UMA PORTUGUESINHA LINDA, DE UM CORAÇÃO ENORME, AMIGA MINHA E DA MINHA AVÓ . EU LEMBRO QUANDO ELA CHEGOU A MANAUS "MANDAVA VIR" PELO SEU IRMÃO, SÓCIO DO ARMANDO JÁ NO BAR DA PRAÇA. SEMPRE BEM ARRUMADA E BEM VESTIDA, MESMO QUE TRABALHASSE COMO UMA LEOA. ESPERAVA O ARMANDO FECHAR O BAR TODAS AS NOITES E AO CHEGAR EM CASA TEMPERAVA O FAMOSO PERNIL QUE TODOS DELICIAVAMM.
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VÂNIA NOVOA TADROS comentou:
14/04/2012
MUITO BONITA RIBAMAR. ESCREVESTES SOBRE O QUE NINGUÉM TINHAS ESCRITO. A MAIORIA DAS PESSOAS SÓ O CONHECIA APÓS A PRAÇA SÃO SEBASTIÃO. VAI TREINANDO PARA APERFEIÇOARES A TÉCNICA PQ EU QUERO UMA CRÔNICA DESLUMBRANTE QUANDO EU BATER AS SANDÁLIAS, OH TROFEU AMAZONENSE! A PERUANA MAIS PRÓXIMA LEU ESSA CRÔNICA?.
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Josina Coelho comentou:
14/04/2012
Excelente!! gostei bastante..viajei com lembranças de entes queridos que ja se foram..Parabéns!!
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Osiris Silva comentou:
14/04/2012
Babá, Sua memória, caro amigo, é realmente extraordinária. Mais ainda: quão imenso e generoso são o seu coração ao prestar tão viva e emocionante homenagem ao portuga Armando, que acaba de nos deixar. Não frequentamos o Bar famoso, mas acompanhamos a maior parte da movimentação que ali se registrava: as histórias, os causos, as figuras, as amizades que ali se consumaram, o bom e o mau humor dele, e, claro, a BICA. Você cresceu muito. De assistente de marmita do Geraldão, no bairro de Apar
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Mauro Souza comentou:
14/04/2012
Bessa, linda homenagem. Reflete a poesia e a imagem que o Armando ocupa no imaginário cultural de Manaus. Uma figura que, através de sua crônica, tem um lugar garantido na historia dos que ajudaram a fazer nossa historia. Parabens!
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