CRÔNICAS

Os índios e a queda da Bastilha (en español)

Em: 28 de Fevereiro de 2016 Visualizações: 29045
Os índios e a queda da Bastilha (en español)

 

Num dia de outono de 1972, depois de ver "O charme discreto da burguesia" que acabava de ser lançado em Paris, o escritor amazonense Márcio Souza e eu fizemos uma longa caminhada pela avenida Daumesnil. No momento em que entramos na Praça da Bastilha, ele interrompeu os comentários sobre o filme e me disse num tom provocador:

- Quem diria, hein? Os índios brasileiros ajudaram a derrubar a Bastilha.

Na hora, a afirmação me pareceu tão absurda e delirante quanto dizer que para fazer a bouillabaisse de Marselha - um caldo de peixe com molho apimentado - os franceses se inspiraram na quinhapira dos índios do Rio Negro. São duas receitas que tem em comum o fato de produzirem, ambas, dois pratos deliciosos e sofisticados com peixe e molho de pimenta, mas que nunca conversaram um com o outro. Por isso, pensei que Márcio estava de gozação. Não estava.

Mas a surpresa não se deu apenas pelo fato de não haver qualquer relação entre os dois pratos. É que nós, brasileiros, somos amestrados para achar naturais apenas as influências de lá para cá. A França marcou os movimentos independentistas do Brasil, o pensamento, a ciência, a arte, a culinária, a arquitetura, os hábitos, os modos e modas da sociedade brasileira. Se nos disserem que Villegaignon fabricava poire e foi ele quem ensinou os Tupinambá do Rio a fazer caxiri, a nossa alma vira-lata é até capaz de acreditar. O contrário nos choca, não ousamos sequer imaginar qualquer contribuição das culturas indígenas à civilização francesa, sequer o hábito do banho diário.

O "bon sauvage" 

No entanto, parece extremamente válido supor que o contato entre povos gera influências recíprocas, mesmo quando se trata de uma relação de dominação e opressão. É via de mão dupla. Foi pensando assim que Affonso Arinos de Mello Franco pesquisou para escrever "O Índio brasileiro e a revolução francesaAs origens brasileiras da teoria da bondade natural", livro publicado em 1937, que permanece ignorado pela academia. Seu autor é insuspeito, nunca esteve envolvido com as lutas indígenas, sequer simpatizava com os índios. Inicialmente, ele queria saber quais os filosofos gregos que nutriram o ideário da revolução francesa. Acabou encontrando os índios.

Por indicação do Márcio, li o livro de Arinos, cuja hipótese central é a de que os pensadores franceses que contribuíram para a formulação dos princípios e do ideário da Revolução de 1789 estavam fascinados pelo modo de vida dos índios e beberam diretamente, entre outras fontes, nas sociedades indígenas e nas reflexões dos índios. Os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, formulados no plano teórico, tinham referências concretas na forma como os índios viviam e se relacionavam - uma prova palpável e viva de que a sociedade podia ser organizada de forma diferente.

Para comprovar sua hipótese, o jovem Arinos, que nos anos 1930 residiu num sanatório em Genebra, rastreou as obras dos pensadores mais destacados da França, nos séculos XVI, XVII e XVIII, com o objetivo de verificar a relação deles com os índios que viviam no Brasil e em que medida tiveram o pensamento influenciado por esse convívio. Depois de fuçar arquivos e bibliotecas da Europa, o autor assinala dois tipos de contato: um, indireto, através de leituras, e o outro, direto, com os próprios índios.

Relatos e descrições etnográficas dos viajantes, missionários e cronistas europeus sobre o Brasil no período colonial foram lidos e assimilados pelos intelectuais franceses. Crônicas como as de Jean de Léry e André Thevet, que moraram no Rio em meados do séc. XVI, de Claude D´Abbeville e Yves D´Evreux que estiveram no Maranhão no início do séc. XVII, de Jean Mocquet e de tantos outros, tiveram grande repercussão na época, fortalecendo a idealização dos índios e o mito do "bon sauvage", mas sobretudo registrando suas formas de vida, "sem fé, sem lei e sem rei".

Os índios na França 

Depois de revelar a influência desses viajantes sobre o pensamento dos intelectuais franceses, Arinos fez um levantamento sobre o intercâmbio sistemático e a constante presença na Europa de centenas e centenas de índios provenientes do Brasil. Seu exaustivo balanço mostra que Raoni, no século XXI, foi apenas o último de uma enorme lista de caciques recebidos nos últimos cinco séculos pelos chefes de Estado. Os seis Tupinambá levados a Paris por Claude D´Abbeville foram batizados pelo bispo de Paris tendo como padrinho e madrinha o rei e a rainha da França. 

Desta forma, intelectuais de peso tiveram contato direto com os próprios índios, como são os casos de Montaigne, Voltaire e Rousseau, entre outros citados por Arinos. Para escrever o seu ensaio sobre o canibalismo em meados do século XVI, Montaigne, por exemplo, ajudado por intérpretes, manteve longas entrevistas com índios tupi que visitavam a França, e concluiu que Inquisição dominante na Europa estava muito mais distante da civilização do que a antropofagia.

O livro de Arinos reconstituiu a festa brasileira realizada em 1550, em Rouen, na Normandia, com participação de 50 índios Tupinambá do Rio, aliados da França, que recebeu os "primeiros bolsistas" daqui. Esses índios construíram malocas às margens do rio Sena e realizaram uma performance em homenagem a Henrique II e Catharina de Medicis, um combate simulado no qual os Tupinambá e franceses derrotaram portugueses e seus aliados Tabajara, incendiando suas tabas. O êxito foi tal que outras cidades, como Troyes e Bordeaux, entre outras, realizaram festas similares.

Muitos índios que visitaram a França são citados, como o chefe potiguar Soro-bebé, "o primeiro exilado político brasileiro", cuja história é narrada por Arinos, que reproduz documentos arquitetônicos, como a imagem de um friso no interior da igreja de S. Jacques, em Dieppe, de 1530, no qual estão representados índios provenientes do Brasil ou o baixo relevo esculpido em madeira, de 1551 - uma espécie de "história em quadrinhos" da Festa de Rouen - que estava na fachada de uma casa de madeira chamada Ilha do Brasil e hoje pertence ao Museu das Antiguidades, que tive oportunidade de visitar em companhia da fotógrafa Cláudia Andujar.

Para Sérgio Rouanet, o livro de Affonso Arinos, começado em 1932, é uma contribuição relevante para a história das mentalidades, que mantém sua atualidade 80 anos depois. "A atualidade vem do fato de que Arinos trabalhou em grande parte com fontes primárias e que nesse sentido sua bibliografia não ficou obsoleta" - escreveu Rouanet, lembrando que efetivamente o Brasil, através dos índios, "forneceu a matéria prima para a produção, na Europa, de teorias revolucionárias". 

O livro de Arinos, por seu caráter provocador e instigante, foi reeditado, mas sem muito alarde. Sua leitura nos leva, no mínimo, a não considerar absurda a afirmação inicial e nos conduz a uma indagação inquietante: por que os ideólogos da Revolução Francesa foram influenciados pelas sociedades indígenas, mas o mesmo não ocorreu com os teóricos  dos movimentos políticos e sociais do Brasil?

P.S. O tema acabou me sendo sugerido indiretamente pela doutora Ana Paula da Silva que defendeu, nesta última quinta-feira a tese "O Rio de Janeiro continua índio: território do protagonismo e da diplomacia indígena no século XIX" no Programa de Pós Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Na banca José R. Bessa Freire (orientador), Isabel Missagia (UFRRJ), Marcos Albuquerque (UERJ), Amir Geiger e Sofia Débora Levy (UNIRIO).

 

El Orejiverde, diario de los pueblos indígenas 

Edición digital nº +245 - 14 Mar 2016 - -3:55

 

 

 

 

 

LOS INDIOS Y LA TOMA DE LA BASTILLA

José Ribamar Bessa Freire

28/02/2016 - Diário do Amazonas

Un día de otoño de 1972, después de ver "El discreto encanto de la burguesía" que acababa de estrenar en París, el escritor amazonense Marcio Souza y yo hicimos una larga caminada por la avenida Daumesnil. Cuando entramos a la Plaza de la Bastilla, él interrumpió los comentarios sobre la película y me dice en tono provocador:

- ¡Quién diria! Los indios brasileños ayudaron a tomar la Bastilla.

En ese momento, la afirmación me pareció tan absurda y delirante como decir que para hacer la bouillabaisse de Marsella - un caldo de pescado con salsa picante - los franceses se inspiraron en la quinhapira de los indios del Rio Negro. Son dos recetas que tienen en común el hecho de producir dos platos deliciosos y sofisticados con pescado y salsa picante, pero que nunca conversaron entre ellos. Por eso, pensé que Marcio estaba tomándome el pelo. Nada de eso.

La sorpresa no se limita al hecho de no haber cualquier relación entre los dos platos. Es que nosotros, brasileños, estamos adiestrados para pensar naturalmente que las influencias vienen de allí para aquí. Francia marcó los movimientos independentistas del Brasil, el pensamiento, la ciencia, el arte, la culinaria, la arquitectura, los hábitos, los modos y modas de la sociedad brasileña. Si nos dijeran que Nicolas Villegaignon, cuando vino a Rio de Janeiro en 1555 fabricaba poire y fue él quien les enseñó a los Tupinambá de Rio a hacer la bebida caxiri, nuestra alma de perro callejero se lo cree. Lo contrario nos choca, no osamos siquiera imaginar cualquier contribución de las culturas indígenas a la civilización francesa, ni siquiera el hábito del baño diario.

El "buen salvaje" 

Sin embargo parece extremamente válido suponer que el contacto entre pueblos provoca influencias recíprocas, aunque se trate de una relación de dominación y opresión. Y vice versa. Fue pensando así que Affonso Arinos de Mello Franco investigó para escribir "O Índio brasileiro e a revolução francesaAs origens brasileiras da teoria da bondade natural", libro publicado en 1937, que permanece desconocido por la academia. Su autor está libre de cualquier sospecha, nunca participó de las luchas indígenas, ni siquiera era simpatizante de los indios. Al inicio, quería saber cuales eran los filósofos griegos que nutrieron el ideario de la revolución francesa. Acabó encontrando los indios.

Por indicación de Marcio, leí el libro de Arinos, cuya hipótesis central es que los pensadores franceses que contribuyeron en la formulación de los principios y del ideario de la Revolución de 1789 estaban fascinados por el modo de vida de los indios y bebieron directamente, entre otras fuentes, en las sociedades indígenas y en las reflexiones de los indios. Los ideales de Libertad, Igualdad y Fraternidad, formulados en el plano teórico, tenían referencias concretas en la forma como los indios vivían y se relacionaban - una prueba palpable y viva de que la sociedad podía ser organizada de forma diferente.

Para comprobar su hipótesis, el joven Arinos, que en los años 1930 residió en un sanatorio en Ginebra, rastreó las obras de los pensadores más destacados de Francia, en los siglos XVI, XVII y XVIII, con el objetivo de verificar su relación  con los indios que vivían en  Brasil y en que medida tuvieron el pensamiento influenciado por este convivio. Después de buscar en archivos y bibliotecas de Europa, el autor señala dos tipos de contacto: un, indirecto, a través de lecturas y otro, directo, con los propios indios.

Relatos y descripciones etnográficas de los viajantes, misioneros y cronistas europeos sobre  Brasil en el período colonial fueron objeto de lectura y asimilados por los intelectuales franceses. Crónicas como las de Jean de Léry y André Thevet, que vivieron en Rio a mediados del siglo XVI, de Claude D´Abbeville e Yves D´Evreux que estuvieron en Maranhão al inicio del siglo XVII, de Jean Mocquet y de tantos otros, tuvieron gran repercusión en la época, fortaleciendo la idealización de los indios y el mito del "bon sauvage", especialmente registrando sus formas de vida, "sin fe, sin ley, sin rey".

Los indios en Francia 

Después de revelar la influencia de estos viajantes en el pensamiento de los intelectuales franceses, Arinos realizó una investigación sobre el intercambio sistemático y la constante presencia en Europa de varias centenas de indios provenientes de Brasil. Su exhaustivo trabajo muestra que Raoni, en el siglo XXI, fue el último de una enorme lista de caciques recibidos en los últimos cinco siglos por los jefes de Estado. Los seis Tupinambá llevados a Paris por Claude D´Abbeville fueron bautizados por el Obispo de Paris y tuvieron como padrino y madrina al rey y a la reina de Francia. 

De esta forma, intelectuales de peso tuvieron contacto directo con los propios indios, como en los casos de Montaigne, Voltaire y Rousseau, entre otros citados por Arinos. Para escribir su ensayo sobre canibalismo a mediados del siglo XVI, Montaigne, por ejemplo, auxiliado por intérpretes, mantuvo largas entrevistas con indios tupi que visitaban Francia y concluyó que la Inquisición dominante en Europa estaba mucho más distante de la civilización que la antropofagia.

El libro de Arinos reconstituyó la fiesta brasileña realizada en 1550, en Rouen, en Normandia, con la participación de 50 indios Tupinambá de Rio, aliados de Francia, que recibió los "primeros becarios" de aquí. Esos indios construyeron malocas a las orillas del río Sena y en homenaje a Henrique II y Catalina de Médecis, representaron un combate simulado en el que los Tupinambá y los franceses derrotaban a los portugueses y sus aliados Tabajara, incendiando sus aldeas. El êxito foi tanto que otras ciudades, como Troyes y Bordeaux, entre otras, realizaron fiestas similares.

Fueron citados muchos indios que visitaron Francia, como el jefe potiguar Soro-bebé, "el primer exilado político brasileño", cuya historia la narra Arinos, que reproduce documentos arquitectónicos, como la imagen de un ornamento en relieve al interior de la iglesia de S. Jacques, en Dieppe, de 1530, em el  que se representa a los indios provenientes de Brasil o el bajo relieve esculpido en madera, de 1551 - una especie de "tira cómica" de la Fiesta de Rouen - que estaba en la fachada de una casa de madera llamada Isla de Brasil y hoy pertenece al Museo de Antigüedades, que tuve la oportunidad de visitar en compañía de la fotógrafa Cláudia Andujar.

Para Sérgio Rouanet, el libro de Affonso Arinos, que comenzó en 1932, es una contribución relevante para la historia de las mentalidades, y mantiene su actualidad 80 años después. "La actualidad viene del hecho de que Arinos trabajó en gran parte con fuentes primarias y que en ese sentido su bibliografía no quedó obsoleta" - escribió Rouanet, recordando que efectivamente  Brasil, a través de los indios, "fornece la materia prima para la producción, en Europa, de teorías revolucionarias". 

El libro de Arinos, por su carácter provocador y estimulante, fue reeditado, pero sin mucho alarde. Por lo menos, su lectura nos lleva a no considerar absurda la afirmación inicial y nos conduce a una indagación inquietante: ¿por qué los ideólogos de la Revolución Francesa fueron influenciados por las sociedades indígenas, pero eso no ocurrió con los teóricos  de los movimientos políticos y sociales de Brasil?

 

 

Comente esta crônica



Serviço integrado ao Gravatar.com para exibir sua foto (avatar).

17 Comentário(s)

Avatar
Roberto De Abreu Cruz comentou:
05/10/2021
Leitura realmente interessante e que vale a apena! Jean de Lery, citado no texto, esteve no Rio quando os franceses tentaram fundar a França Antártica; conta, por exemplo, que um índio lhe teria dito não entender porque os franceses comiam ovos e omeletes pois, se esperassem um pouco, comeriam uma galinha ou frango, muito maiores...
Comentar em resposta a Roberto De Abreu Cruz
Avatar
Verônica Mendes Pereira comentou:
06/03/2016
Excelente, professor Bessa! E obrigada pelo envio!
Comentar em resposta a Verônica Mendes Pereira
Avatar
Daniel Canosa comentou:
03/03/2016
José, acabo de releer el texto completo, es un gusto "pasear" por el relato, las notas exactas que favorecen la lectura, pero le agregas algo más y es el cuestionamiento, esa pregunta final ¿tendrá algún día respuesta? Felicitaciones por la crónica, un abrazo! Contato de Daniel Canosa
Comentar em resposta a Daniel Canosa
Avatar
Luciana Araujo comentou:
01/03/2016
Gostaria de ter copia da tese da Ana Paula da Silva, como faço?
Comentar em resposta a Luciana Araujo
Avatar
Jeferson Garrafa Brasil comentou:
29/02/2016
Gostei do texto. Dá um viés interessante pra essas interseções e trocas culturais, e, de quebra, nos mostra que Rouen é mais do que a cidade onde Joana D'Arc foi queimada viva.
Comentar em resposta a Jeferson Garrafa Brasil
Avatar
Ruy Perini comentou:
29/02/2016
Muito bom. Assunto instigante. A contrapartida não serviu, a antropofagia praticada pelos colonizadores do Brasil não nos ajudou muito.
Comentar em resposta a Ruy Perini
Avatar
29/02/2016
Caro colega Bessa Freire, Li, com toda atenção, sua crônica, como já fiz em outras oportunidades de leituras de crônicas suas (que me são encaminhadas pelo professor José Seráfico). Mas, esta de agora, tem o caráter muito especial de revelação. O colega (como alguns poucos também já o fizeram) divulga fatos da maior importância da história dos índios existentes em nosso país. Filósofos e historiadores se reportam às teorias do "bom selvagem", porém sem se referirem esses seres que foram objeto da observação e da admiração dos iluministas. Gostei muito da crônica. Contato de Orlando Sampaio Silva
Comentar em resposta a Orlando Sampaio Silva
Avatar
Marly Cuesta comentou:
28/02/2016
Nossa,uma verdadeira aula,querido Prof.José Bessa!Gratidão
Comentar em resposta a Marly Cuesta
Avatar
Mestre Jeronimo comentou:
28/02/2016
Bom dia! Gostaria de oferecer uma sugestão educativa aos índios do texto e outros indígenas. Ao Sr Pedro Menezes, que escreveu no comentario: “Os índios nunca entraram na nossa história”. Senhores, estas pessoas humanas, "índios", são nativos do nosso planeta Terra?!? A resposta é: sim, todos os seres humanos do planeta Terra são de fato nativos deste planeta. Então, quem precisa ser rotulado por outros de ser um “índio” e ser discriminado!? Atenção cidadão nativo do planeta Terra, cuidado para não se tornar somente mais um marionete que promove o racismo e adiciona desrespeito contra si próprio, e, desrespeito à raça humana. Pessoas inteligentes e com saúde, gente educada, de fato não deveria ficar redigindo-se com pejorativos que não condiz com o respeito ao próximo. Historicamente, sabem, os que tem educação, que o termo racista índio foi “abençoado” pelos papas$$ e o Vaticano e legalizado pelos 'nativos' apelidados de reis e rainhas, etc, da europa para justificar suas invasões e assassinatos, a pedofilia e roubos contra a família de seres humanos que foram discriminados de serem uns indigenas. E, infelizmente, muita “gente boa” ainda vive numa atitude racista e arrogante rotulando outros seres humanos de ser um “índio”. Uma atitude repugnante que quem se respeita e não apoia a corrupção não deve mais utilizar. Portanto, JOGUE AGORA NA LATA DO LIXO ESSE RÓTULO CHAUVINISTA. Não apoie a promoção do termo racista índio que existe para discriminar e imoralmente promove o desrespeito aos nativos humanos como você próprio é do nosso planeta. Eduque as crianças e a si próprio com um atitude digna de quem respeita o próximo para que possamos evoluir a nossa sociedade humana. Tenho Dito! Mestre Jeronimo-JC (* native of the Planet Earth that don’t approve to be labelled as an “Indian/aborigene” by the racists attitude) Jeronimo Santos Da Silva Cidadão Brasileiro / Australian Citizen https://soundcloud.com/mestre-jeronimo http://www.reverbnation.com/mestrejeronimo https://www.facebook.com/mestrejeronimomusician
Comentar em resposta a Mestre Jeronimo
Avatar
Pedro Menezes comentou:
28/02/2016
Foi bom lembrar o livro agora que se discute a Base Nacional Curricular Comum e que existe uma campanha orquestrada para impedir que o índio apareça no livro didático, na escola. Somos adestrados porque a gente não aprende nada na escola sobre os indios. Os índios nunca entraram na nossa história. Mas nessa sexta-feira, Ruy Castro, em sua coluna da Folha de SP, escreveu "Expulsos da Historia" que na proposta do MEC "os novos protagonistas passam a ser amerindios, africanos e afro-brasileiros" e que "os portugueses são enxotados do currículo elaborado quando o lulopetismo acreditava que reinaria por 20 anos". Quer dizer, acontece exatamente o contrário - os índios é que foram enxotados - e quando se propõe abrir uma pequena brecha para podermos pensar sobre eles, os formadores de opinião que tem colunas em jornais demonstram indignação, invertem a situação e passam um trator, um apagador. É terrivel. Parabens pelo seu artigo.
Comentar em resposta a Pedro Menezes
Avatar
Elza Goulart (via FB) comentou:
28/02/2016
Avatar
Edson Leal (via FB) comentou:
28/02/2016
Simplesmente, formidável e saboroso esse seu "Ta aqui pra ti".
Comentar em resposta a Edson Leal (via FB)
Avatar
Rodrigo Bisacot (via FB) comentou:
28/02/2016
Aí Bruno Pinho Dos Reis, pra você que também morou em Rouen. Sabia da história porque um professor de português me contou lá em Rouen uma vez que saí e tomei um café no centro.
Comentar em resposta a Rodrigo Bisacot (via FB)
Avatar
Nelson Peixoto comentou:
28/02/2016
Uma inspiração para ler a história, um paradigma para remexer ainda o jeito de organizar o mundo e as relações de poder, assim como questionar a democracia cheia de formalidades civilizatórias que pouco tem de sensibilidade nativa, sobretudo em relação ao cuidado que se tem as crianças! Sempre tenho no meu trabalho com elas, até porque ao denominar Aldeias Infantis vem à mente e à prática a força da responsabilidade solidária onde todos tem a ver com o pequeno que chega para sustentar a vida e garantir o futuro da tribo. Ah, se o mundo aprendesse essa lição ancestral! Bessa, caro amigo, você é excepcionalmente o meu cacique de inspiração cidadã!
Comentar em resposta a Nelson Peixoto
Avatar
Sandra Figueira comentou:
27/02/2016
Maravilhosa cronica Bessa renovando nosso conhecimento histórico. Parabéns a você e a Ana pela pesquisa e defesa.
Comentar em resposta a Sandra Figueira
Avatar
Ana Stanislaw comentou:
27/02/2016
Adorei, Bessa!! Esse livro é maravilhoso mesmo. Excelente crônica.
Comentar em resposta a Ana Stanislaw
Avatar
Nathalie (via FB) comentou:
27/02/2016
Bom dia Professor! Tudo bem? Adorei seu artigo, tinha lido este livro 5 anos atrás sob recomendação da minha orientadora da época, Teresa Cristina Duarte Simões, professora na Universidade de Toulouse. Depois, tentei encontra-lo novamente no Brasil e não achei uma tradução, queria recomenda-lo a alguns colegas. Percebi então que este texto não era conhecido aqui e nem muito lá também. Ele faz muito pensar mesmo. Um forte abraço
Comentar em resposta a Nathalie (via FB)