CRÔNICAS

Eduardo Kuaray Guarani: seu último trabalho

Em: 09 de Novembro de 2014 Visualizações: 37759
Eduardo Kuaray Guarani: seu último trabalho

A morte de um aluno jovem é, para o professor que a ele sobrevive, como a morte de um filho: uma inversão antinatural, uma cilada do destino, uma emboscada da história. Assim como existe pai órfão de seu filho, existe professor órfão de seu aluno. É o sentimento que compartilho com alguns colegas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) diante da morte de um dos nossos alunos, o guarani Eduardo da Silva Kuaray, do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica. Ele foi vítima de um acidente fatal de carro neste 1° de novembro numa estrada do município de Imarui (SC).

Eduardo, filho caçula de Maria e Augusto da Silva, era quase um menino, apesar de ser pai de três filhos e de ter sido cacique da Aldeia Tekoa Marangatu. Fui seu professor em todas as etapas do Curso de Magistério Kuaa M´boe, que começou em novembro de 2003 no município Celso Ramos (SC), passou por Faxinal do Céu (PR) e terminou em São Francisco de Paula (RS) em maio de 2010. Durante esse tempo, encontrei Eduardo duas vezes cada ano, quando convivia as 40 horas da disciplina ministrada em cada etapa. Aprendi muito com ele e com seus colegas.

No primeiro trabalho de avaliação, fizemos uma espécie de guia de fontes de documentos orais. Solicitamos aos alunos que entrevistassem os velhos sábios guarani e registrassem os saberes locais. Eduardo me apresentou narrativas coletadas com dona Maria Guimarães, do Tekoa Marangatu, reconstruindo a trajetória de vida dela.

Depois, na sua monografia de conclusão do curso de magistério, em 2010, intitulada "Enigmas da natureza na visão dos Guarani", Eduardo trabalhou a relação com o espírito dono da água, com as árvores, com os rios, com os animais, enfim com a natureza cuidada por Nhanderu. Ouviu os Tcheramoi e registrou em língua guarani as propriedades das ervas medicinais e de remédios caseiros feitos com gorduras de animais. Pesquisou também em livros e revistas especializadas as mudanças climáticas e o aquecimento global e concluiu mostrando como ele ensinava às crianças, que eram seus alunos, o que havia aprendido. Na monografia, descreve os procedimentos usados, a dificuldade de acesso ao computador - só tinha um para toda a aldeia - e como só no final conseguiu adquirir uma máquina fotográfica.

Finalmente, ele se formou como professor bilíngue neste Curso de Nível Médio. Desta forma, estava habilitado para cursar  a Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica na universidade, o que fez. Lá, na UFSC, uma vez mais reencontrei o nosso Eduardo, que iria se formar agora em abril de 2015, em companhia de outros acadêmicos Guarani, Xokleng e Kaingang. Na etapa presencial, ministrei para eles dois módulos da disciplina Literatura - análise e interpretação de textos - que começou exatamente há um ano, nos primeiros dias de novembro de 2013 e prosseguiu em abril de 2014.

Entre outros, um dos objetivos da disciplina na universidade era refletir sobre as diferenças entre cultura oral e cultura escrita e sobre o processo de construção da memória social. Os dois textos que mais interessaram aos alunos foi o I-JUCA PIRAMA de Gonçalves Dias e a Nueva Cronica y Buen Gobierno, escrita no final do século XVI pelo índio andino Felipe Guamán Poma de Ayala.

Apresentei aos alunos uma versão fac-simile da Nueva Cronica publicada em 1936 pelo Instituto de Etnologia de Paris, com mais de mil páginas e quase 400 desenhos relatando a resistência dos índios. Os alunos folhearam o livro, mas trabalhamos diretamente com um catálogo em português intitulado AS PRIMEIRAS IMAGENS DA CONQUISTA, com 30 desenhos de Poma de Ayala selecionados por nós para exposição realizada em 1992 na Universidade do Estado do Rio de Janeiro por ocasião do V Centenário do desembarque de Colombo na América.

Foi uma experiência singular. Na primeira aula, dei informações sobre o autor, sobre a obra e começamos a trabalhar cada um dos 30 desenhos. A partir daí, as aulas caminharam sozinhas, porque os desenhos falavam por si mesmos e remetiam imediatamente para um debate sobre a história de cada uma das três culturas ali representadas: agricultura e roças comunitárias, organização social, relação com a igreja, escola, castigos físicos, usurpação das terras, luta, resistência. Está tudo lá.

O nosso ponto de partida foi: o que um escritor indígena andino do século XVI, que atravessa o século XVII caminhando por toda a serra andina, chorando - para citar suas próprias palavras - tem a ver com outros espaços, outras culturas e outras temporalidades? Como índios no Brasil, que vivem na mata atlântica leem hoje essa crônica andina, escrita por um índio bilingue, falante nativo do quêchua, que aprendeu o espanhol como segunda lingua e escreve em quechuañol? 

As atividades se centraram no debate sobre os desenhos, apoiados em pequenos trechos de textos em sua versão original, com uma versão em português. A partir da primeira leitura, cada participante escolhia uma lâmina para comentar e justificar sua opção. Observamos a relativa desenvoltura com que os alunos Guarani, Xokleng e Kaingang compuseram sentidos, sem manifestar qualquer tipo de dificuldade na compreensão de textos e imagens produzidos por um autor como Poma considerado "confuso" pelos historiadores não indígenas.

Se você fizesse hoje um desenho sobre os índios no Brasil atual para alguém que vai vê-lo daqui a 400 anos, o que é que voce gostaria de mostrar? Faça o desenho - foi o pedido que fizemos. Os desenhos serão publicados. 

Agora, no ultimo 31 de outubro, com três alunos - os Guarani Joana Mongelo e Teodoro Alves e o Xokleng Marcondes Nambla -  participamos em Foz de Iguaçu (PR) de uma mesa no Colóquio sobre Felipe Poma de Ayala, organizado pela UNILA - Universidade Federal de Integração Latinoamericana e cada um falou sobre a atualidade do cronista andino, com comentários realizados pelos professores da UNILA Clovis Brighenti, Giane Lessa e Mário Ramão Villaba.

A melhor homenagem que podemos fazer é publicar aqui resumo do último trabalho de Eduardo, de quem já sentimos saudades. É uma tentativa de enganar a morte, de fazer com que ele fique um pouco mais de tempo com a gente. De qualquer forma, em meados de abril de 2015, Eduardo estará certamente entre nós na formatura da turma. Reproduzo abaixo:

Universidade Federal de Santa Catarina
Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica
Professor: José Ribamar Bessa
Aluno: Eduardo da Silva
Trabalho:
ESCOLHA UM DESENHO DE  AYALA E  COMENTE:
 
Felipe Guaman Poma de Ayala foi um índio peruano que relatou a história de seu povo nas mãos dos espanhóis a partir do que viu, aprendeu a ler e escrever e fez 398 desenhos que nos ajudam  a compreender o que de fato ocorreu naquela época. Escolhi o desenho da página 29, que mostra o avô do autor sendo queimado vivo.
O desenho dele é muito bem trabalhado e consegue mostrar as expressões do que realmente estava acontecendo, choro, dor e sofrimento dos torturados. Ele fala dos métodos violentos usados pelos espanhóis para ficar com as riquezas dos índios.
A imagem que escolhi passa uma mensagem muito sofrida de índios que estavam sendo queimados vivos. E isso mostra que para se apossar das riquezas das terras indígenas eles matavam a quem ameaçavam de impedir que peguem as riquezas que eles queriam como ouros e pratas.
Hoje, essa imagem mostra que naquela época os conquistadores que se diziam ser autoridades e detentores de direitos até para mandar nos índios já tinham nos pensamentos que quando os indígenas tinham mais direitos sobre suas terras e suas riquezas eles matavam. E isso continua até hoje para as lideranças que lutam pelos seus direitos sobre as demarcações de suas terras.
Que Nhanderu acolha Eduardo em seu seio e traga conforto para os vivos, os familiares, os colegas da Licenciatura, seus professores e todas as pessoas do Tekoha. Estamos todos órfãos de Eduardo. Confesso que tínhamos ainda muito a aprender com ele. O nosso adeus dolorido a alguém especial, que com sua despedida repentina e trágica nos lembra a fragilidade da vida. 

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33 Comentário(s)

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Andrea Sales comentou:
30/10/2017
Bela homenagem professor!!E também tenho orgulho em dizer que também fui e ainda me considero sua aluna!Forças..
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Sebastiana Palácio (via FB) comentou:
30/10/2017
Saudades professor , q lindo a sua homenagem. Eu tive oportunidade de estudar contigo no magistério Kuaa- Mbo'e, curso de formação de professores em Santa Catarina.
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Janete de Paula (via FB) comentou:
30/10/2017
Orgulhosa de ter sido sua aluna professor la na UFSC.
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Sueli Krengre Candido (via FB) comentou:
30/10/2017
Linda homenagem prof. Orgulhosa por ter sido sua aluna e uma admiradora do seu conhecimento sobre povos indígenas. Sdds das suas aulas de literatura. Um abraço.
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Susana Grillo comentou:
09/11/2014
Que triste, Bessa, fiquei muito emocionada, Obrigada por compartilhar o trabalho do Eduardo e pela bela homenagem.
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Renato Dias comentou:
08/11/2014
Bela homenagem! Orgulho de ser seu aluno!
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vania tadros comentou:
07/11/2014
BESSA, TRISTE EU SÓ TENHO VONTADE DE DIZER : QUE PENA, QUE PENA! SEI O QUE ESTÁS SENTINDO E LAMENTO MUITO. BELA HOMENAGEM A DE PUBLICAR O TRABALHO DO EDUARDO.
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VÂNIA NOVOA TADROS comentou:
07/11/2014
PÔXA EDUARDO ! QUE O DEUS DOS BONS QUE NÃO ACEITA A MADADE HUMANA RECEBATE-TE EM UM LUGAR ESPAÇOSO QUE ELE PREPAROU PARA TI. COM TERRAS ENORMES PARA CAÇAR, CORRER E PESCAR! QUE DE LÁ POSSAS ENVIAR FORÇAS PARA TEUS IRMÃOS INDÍGENAS QUE LUTAVAS COMO FAZIA!. QUE TEU EXEMPLO SIRVA-LHES DE INCENTIVO PARA CONSERVAREM E TRANSMITIREM O CONHECIMENTO DOS ANTEPASSADOS! FIQUEI MUITO TRISTE COM A TUA MORTE, COM A MORTE DE UM ÍNDIO E A MORTE DE UM ALUNO. LUZ DE DEUS PARATI.
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Adilson de Oliveira Samy comentou:
06/11/2014
Não só o povo guarani, mas todos os povos indígenas estão de luto por essa perda.
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Jaci Rocha Gonçalves comentou:
05/11/2014
Abs ao seu Augusto, sua esposa, seus filhos e toda comunidade de Marangatu e ao povo guarani. Eduardo, guerreiro karaí, dá força junto a Nhanderu e Nhandercy. Memória de amor entre todos nós. Aweté!
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Florencio Almeida Vaz comentou:
05/11/2014
O nosso amigo José Bessa, (do Amazonas, da UERJ, da América Latina...?), faz um relato terno e emocionante sobre a vida curta mas muito produtiva de um ESTUDANTE INDÍGENA que soube muito bem aproveitar as armas do conhecimento acadêmico em favor do seu povo Guarani. É uma lástima que tenha partido tão cedo e de forma trágica. Que faça uma boa Viagem. Obrigado, Bessa, pelo texto, e obrigado Eduardo, pelo exemplo que fica para todos nós, estudantes, que às vezes fazemos tão pouco com o muito que temos às mãos.
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Cheri Junior Vidal (via FB) comentou:
04/11/2014
linda homenagens que vc fez para nosso querido amigo que nos fara tanta falta ah ele não tinha só três filhos ele deixou seis ,Rafael,Edmar,Karina,Serena,Eduarda de 5 meses e o caçula Davi de três meses .
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Osmarina Kerexu comentou:
04/11/2014
Bela homenagem do Prof. José Bessa ao querido Eduardo Kuaray.
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Marcio Meira comentou:
04/11/2014
Caro Bessa,Que triste! Fiquei consternado. Márcio
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Marcio Meira comentou:
04/11/2014
Caro Bessa,Que triste! Fiquei consternado. Márcio
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Maria Dorothea comentou:
04/11/2014
Me emocionei, cedinho, com o teu escrito. Um bom professor é assim. Incrível. Enviei aos colegas da coordenação da LII. Faremos uma homenagem ao Eduardo aqui na UFSC. Virá a D.Maria, irmãos, coral de Tekoa Marangatu. Estamos fazendo um banner com o teu escrito. O banner estará presente e com ele, vc mesmo! um abraço carinhoso
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Murilo Mariano comentou:
04/11/2014
A coordenação do curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica convida os professores, alunos e familiares de Eduardo da Silva para participarem da homenagem póstuma ao aluno. A cerimônia acontecerá amanhã, 05/11, às 13h30, no centro ecumênico da UFSC. Att, Murilo Mariano secretaria do curso LII
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Fernanda Garcia Camargo comentou:
04/11/2014
Que triste perda de um jovem aplicado em participar. Sinto muito Bessa.
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Ismenia Vieira comentou:
03/11/2014
Oi Bessa, Estou muito triste. Um jovem professor Guarani que perde sua vida. Com suas palavras me reportei aos momentos de diálogo e aprendizagem nos vários encontros que tivemos naquela formação. Eduardo era um aluno que marcava sua presença com dedicação e zelo com a educação. A escola Guarani da aldeia Marangatu perde um execelente professor. Estamos de luto.
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Juciene Ricarte Apolinário comentou:
03/11/2014
Uma perda realmente irreparável de um jovem indígena. No seu texto não pude conter as lágrimas pela profunda sensibilidade José Bessa. Um abraço.
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Maria Leonia Resende (via FB) comentou:
03/11/2014
Uma perda lamentável... Só de ler esse texto, pude dimensionar a "grandeza" do encontro de vocês - que já frutificou... Abraço a todos! Leônia
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03/11/2014
Aos amigo, Guarani, meu profundo sentimento. Ao meu amigo Eduardo sentirei saudades. Aos familiares que ficaram que Deus de força a vocês. Contato de Aristides Faustino Criri Neto
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Geraldo Sá Peixoto Pinheiro comentou:
03/11/2014
Poxa, meu amigo! Conhecedor da tua luta e testemunha do carinho especial que sempre dedicastes a nós teus alunos, imagino a tua dor com a perda de mais um dos teus. Eu e Simara lemos e relemos o texto do jovem Eduardo que se foi prematuramente.
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veronice lovato rossato comentou:
03/11/2014
Querido Eduardo. Nhandejára nde rovasa. Como gostaria de ter convivido mais contigo! Como todos os Guarani que conheço, tu eras uma pessoa doce, calma, inteligente, como devem ser os Guarani, do jeito que aprendi com eles. Tua ida prematura faz todos nós chorar, principalmente os que amam, convivem, compartilham e aprendem com voces. Tu podes ir tranquilo que todos nós vamos ficar bem, nao te preocupes. Tu já nos deixou uma grande herança, apesar de tua juventude. Fique bem.
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Carmem Rejane Antunes Pereira (via FB) comentou:
03/11/2014
Linda homenagem! Abraços a todos os professores indígenas.
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Helena Alpini (via FB) comentou:
03/11/2014
Obrigada prof Bessa! Que texto lindo!
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Isabel Eiko Kodama comentou:
03/11/2014
Palavras sábias Prof. Bessa! Grande perda, mas com certeza esse curto espaço de tempo que Eduardo passou conosco, ele cumpriu para o que veio, e deixou os seus ensinamentos!!! Meus sentimentos à família guarani, e à classe de professores indígenas. Contato de Isabel Eiko Kodama
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Cacica Yxapyry comentou:
03/11/2014
Muito lindo e emocionante esta homenagem professor José Bessa, cada tempo é um tempo e nós devemos sempre aprender a reconstruír nossa caminhada. Eduardo, concluí a dele, mas deixou sua missão para seguindo adiante!
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eunice comentou:
03/11/2014
Tove katu. Nhanderu ore mbaraete.
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derli bento comentou:
03/11/2014
Grande perda para o povo Guarani, lamento muito essa grande perda de um grande amigo, vai em paz meu amigo e que Tupé guarde e proteja teus familiares que ficarão aqui. Adeus meu amigo e meus sinceros sentimentos aos amigos enlutados. Um grande abraço para a família de Eduardo da Silva, que descanse em PAZ. Do amigo Derli Bento Kaingáng. Contato de derli bento
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Vera Rodrigues (via FB) comentou:
03/11/2014
Um texto belíssimo e impactante do mestre José Bessa.
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Mário Ramão Avañe'ẽ comentou:
03/11/2014
Noticia muito triste. Sentimentos a familia. Ñanderu to ñangareko hese.
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Ana Stanislaw comentou:
02/11/2014
Linda e singela homenagem!
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