CRÔNICAS

Alencar: até breve, cabra da peste

Em: 04 de Julho de 2021 Visualizações: 7088
Alencar: até breve, cabra da peste

¡Tanto amor y no poder nada contra la muerte! (César Vallejo, Masa, 1937)

Iara era, então, um povoadozinho com cerca de 30 casas de taipa, duas ou três de tijolo e 120 moradores. Foi lá que nasceu, em 1937, Francisco Joaquim de Alencar, cuja infância foi marcada por banhos nas águas límpidas do rio Carás, no qual nadavam peixes e até jabutis, antes de ser poluído por esgotos. Uma vez por ano a família percorria 60 km de estrada carroçável a Juazeiro do Norte (CE) para rezar pro meu Padim Padre Ciço. Numa dessas, Alencar não retornou. Ingressou no seminário salesiano e, como todo arigó que se preza, veio parar no Amazonas. Antes de se ordenar padre, viu a Stella, se apaixonou, deixou o seminário e casou com ela, com a Tequinha, cúmplice de minha infância.

Nove irmãs, todas vivas. Nove cunhados, quatro deles mortos, o último nesta quinta-feira em Manaus. Cunhado é parente? Sim, diz o Código de Processo Civil, é parente por afinidade. Tentaram mudar a lei. Leonel Brizola, impedido legalmente de se candidatar à sucessão de Jango, seu cunhado, lançou em 1963 a campanha: “Cunhado não é parente, Brizola pra presidente”. Felizmente não sou candidato a nada, assumo o parentesco com esse cabra da peste, que se tornou meu irmão, sepultado no cemitério Recanto da Paz, em Iranduba nesta sexta-feira, 2 de julho. 

- Dois de julho brilha mais do que o primeiro, porque é o dia do bombeiro – ele costumava brincar, conforme contou Tequinha no enterro, cercada por filhos, netos e familiares, entre os quais duas irmãs e um irmão que assistiram à cerimônia via internet e se permitiram rir. Todos cantaram “Asa Branca”, a música predileta do nosso herói, perguntando a Deus do céu “por que tamanha judiação”?

As raízes: o Juáforró

Foi uma despedida serena e discreta. Nas redes sociais, ex-alunos expunham seus sentimentos: “Foi um professor querido que sempre tratava seus alunos com muita paciência e humor” – postou Regina Spener.  

O primo Públio Caio escreveu em “Cinco minutos para Stella” que Alencar “ensinava língua portuguesa e em suas aulas dava ênfase de como deve ser o sujeito e seus predicados”. A intenção era que todos, ex-alunos e filhos, herdassem os predicativos do sujeito, suas qualidades, com a oração principal estabelecendo ligação de continuidade com a vida.

O artigo engenhoso lembra ainda que o ex-seminarista, quase padre, foi ministro da Eucaristia, levando a comunhão para muitas pessoas que não podiam se deslocar à igreja. Seguia o exemplo do Padinho Padre Ciço que rezou em 1871 a missa do galo em Tabuleiro Grande, nome antigo de Juazeiro do Norte, e ministrou o sacramento à Maria de Araújo, quando a hóstia se transformou em sangue. Esses fatos impregnaram a religiosidade popular que Alencar tanto admirava.

O casal costumava ir de férias ao Ceará, com passagem obrigatória por Juazeiro - centro da fé popular, sede da primeira escola rural do Brasil criada em 1934 e do Colégio Salesiano. Visitava a Pedra do Santo Sepulcro, lugar de reza e meditação do Padim Ciço, cuja estátua gigantesca domina a colina do Horto. Era uma forma de reafirmar a identidade Cariri.

Cada visita de turismo religioso permitia acompanhar o crescimento desordenado da cidade, os novos bairros que brotavam como mandacaru, o Cariri Shopping, a Universidade Patativa do Assaré (UPA), o VLT que liga Juazeiro ao Crato, o Aeroporto Regional do Cariri, a emissora local TV Verde Vale, o estádio do Praxedão, onde o Botafogo, seu time do coração, nunca jogou, mas observou também aquilo que restou da tradição renovada: os grupos folclóricos, a literatura de cordel, a festa junina do Juáforró, o Ceará Sporting Club. Alencar, nunca deixou de ser cabra da peste, sempre cultivou as raízes nordestinas, como mostram vídeos, onde ele dança quadrilha.

Tal pai

Um dia antes da morte de seu pai, o jornalista Fábio Freire Alencar escreveu um belo texto abaixo reproduzido, que elabora o quanto é universal a dor inexorável da perda.

“Como diria Suassuna, chegou a hora de encontrar-se ´com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre´. Mas, parafraseando São Paulo, diria que combateu o bom combate e guardou a fé.

“Meu pai, Francisco Joaquim de Alencar (o 'professor Alencar' como muitos chamavam), 84 anos completados no último dia 18 de junho, está internado na Beneficente Portuguesa, com falência renal e o pulmão tomado por uma bactéria teimosa que se recusa a ceder aos medicamentos. Está sob sedativos, sem forças para passar por uma diálise, apenas aguardando a hora de 'mudar de casa'.

“Ele está partindo? Não sei se posso usar o verbo partir para me referir a alguém que nunca vai sair da minha mente. Ele não parte, ele se enraíza para sempre no meu coração, se funde, seremos agora um só. Ele me deu o dom da vida e cada vez mais será parte indivisível dela. Basta um rápido olhar no espelho e o que verei é sua criação, sua cópia, seu clone, seu caçula. Cada detalhe, cada ação do dia-a-dia (acordar, fazer o café, tomar banho, trabalhar, cuidar das filhas...) TUDO me dará motivos para lembrar dele.

“Ele, fisicamente falando, segue vivo, mas a saudade já é imensa, porque quem descansa no hospital já não é mais aquele nordestino cabra da peste brincalhão, caridoso e cioso de suas obrigações. Ainda que, por milagre, deixasse hoje aquela UTI, já não seria mais o 'Dr. Alencar' de outrora. Seria egoísmo demais de minha parte querer mantê-lo ao meu lado sem a qualidade de vida pela qual sempre prezou. Na última vez que trocamos olhares, ele já nem parecia me reconhecer. Olhar perdido no horizonte...E quem somos nós sem nossas lembranças? Filosoficamente, simplesmente 'deixamos de ser'.

“Prefiro guardar na lembrança, como nosso último encontro, o dia em que me deixaram entrar pela primeira vez na UTI para vê-lo. Ele estava deitado, olhando para o teto e eu do outro lado do vidro, tentando entender o porquê daquela situação. O enfermeiro se aproximou e o fez olhar para o lado, onde eu estava. Ele me identificou e sorriu. Mandei um beijo e ele colocou também a mão sobre a boca e me devolveu o carinho. Ah, quanto amor, meu Deus...e quanta dor nesse momento.

“Agora é administrar as lembranças. Tudo me fará recordar, é inevitável. Então preciso trabalhar a mente para que a saudade não seja um veneno, mas sim doses homeopáticas de amor, que me ajudem a seguir em frente sabendo que cada passo em nossa trajetória valeu - e me preparar para o reencontro.

“Sempre te amei, sempre vou te amar, não importa a distância, não importa o plano. Obrigado por tudo, Dr. Alencar!”

Herói do cotidiano

Agora é administrar as lembranças: sobrinhas e sobrinhos reverenciaram o tio, destacando o seu humor e a sua doçura por trás da carapaça de cabra da peste, como fizeram Ana Ponciano, Maria José, Amaro Jr. e muitos outros.  As cunhadas, de quem eram parceiro de dominó, prantearam sua partida: - ele estará sempre em nossos corações – escreveu Preta.

Vários fatos desta semana mereciam, do ponto de vista jornalístico, uma abordagem da coluna: as lutas indígenas, as reviravoltas da CPI da COVID, os escândalos de corrupção que demonstram a putrefação cada vez mais fétida do genocida, as manifestações “Fora Bolsonaro” deste sábado, as revelações sobre as trapaças do governador do Amazonas Wilson Lima. Peço licença e desculpas, mas minha cabeça e meu coração estavam em outro lugar, focado no cabra da peste – um herói anônimo do cotidiano como existem tantos por esses Brasis.  

Com seu desconcertante humor que a todos surpreendia e alegrava, Alencar leva com ele o seu amor pela Tequinha, filhos, netas e netos, o seu Ceará, o nosso Amazonas, o bairro de Aparecida, a sua fé, o seu amor pelo Botafogo e as suas lembranças que marcaram os nossos destinos. Te echaremos de menos, Hermano.

P.S. Francisco Alencar, casado com Maris Stella, pai de Silvio e Fábio, sogro de Mayara e Laisa, avô de Silvinho, Leila, Malu, Maria Clara e João Felipe.No ano em que ele nascia, o poeta César Vallejo escrevia seu poema MASA, no qual um dos versos reza: "Tanto amor e não poder nada contra a morte". 

silviodeallencar

Meu cabra da peste se foi, deixando muita saudade, muitas lembranças boas e, sobretudo, muito aprendizado. Meu professor de dominó, meu parceiro de viagens, meu pé no Nordeste, meu herói, meu avô. Ele nunca se esqueceu de sua família e de suas raízes. Levarei seus ensinamentos pra vida toda. Deixo aqui essa foto que tirei no Sítio Alegre, no Ceará, local onde ele nasceu e passou a infância. Nos contaram que no dia de sua morte, o céu chorou duas vezes, molhando aquela terra sofrida em sua homenagem. Pra sempre o amarei, eterno e imortal vovô Alencar!

Ver também: 1)  MEU PAI É UMA FOTOGRAFIA - http://taquiprati.com.br/cronica/1105-meu-pai-e-uma-fotografia;

2) BYE BYE, BIBI -  http://taquiprati.com.br/cronica/1283-bye-bye-bibi

 

 

 

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38 Comentário(s)

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Fransisco Antenor Ferreira comentou:
11/07/2021
Sim,ótima pessoa ,foi meu professor também
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Boanerges Seabra comentou:
11/07/2021
Foi meu professor no ginásio de Aparecida..
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Alexandre Borges de Farias comentou:
11/07/2021
Mestre, fiquei tocado pela contada e por Mestre Alencar, cunhado e seu irmão por obra de Nosso Pai, que como Mestre de todos, sabe tudo e cuida se sua mente e transfere para sua pena a propriedade de nos ensinar e viajar na emoção. Grande beijo de seu sobrinho por afinidade.
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Tenório Telles comentou:
07/07/2021
Professor, Acabei de ler seu texto sobre mestre Alencar. É um testemunho comovente sobre sua história e seu exemplo. Saúde. Parabéns.
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Socorro Neves: comentou:
07/07/2021
Professor Alencar foi meu professor de português. Saudades eternas Aprendi Literatura com ele. Contava a História do Peri que era apaixonado pela Iracema a Virgem dos lábios de mel.
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Francisca do Orlando: comentou:
07/07/2021
Nossos sentimentos a toda equipe. Que Deus o receba num abraço de Pai, e conforte todos os familiares. Nosso agradecimento a Deus por tudo o que ele fez nas ENS. Descanse em Paz amigo! Que Maria nossa Boa Mãe o receba na porta do Céu.
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Dom José Albuquerque comentou:
07/07/2021
Deus é aquele colo macio, lugar seguro, onde repousa e descansa o meu coração. Nosso irmão de equipe, Alencar, retorna ao Pai, momento triste, mas de muita gratidão por tudo que vivemos em meio à sua amável e doce presença sempre dedicando amopr, sabedoria, disciplina, etc etc etc. Um filho amado do Pai foi fiel em tudo, homem de muita oração entre outros dons.. É chegado a hora de encontrar-se a criatura com o seu Criador. Paz e Luz
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Urda Alice Klueger comentou:
06/07/2021
Chorei. Compartilhando. Ele mereceu Urda.
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Decio Adams comentou:
05/07/2021
Um belo necrológio para uma pessoa que passou pela vida levando amor, amizade, calor humano por onde passava. Não tive o prazer de conhecer, porém o amigo Bessa Freire faz uma descrição tão perfeita que me atrevo a dizer "Vá com Deus, cabra da peste. Que os anjos te recolham e depositem suavemente no colo do Eterno Pai Universal".
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HANS ALFRED TREIN comentou:
05/07/2021
Abraço solidário, meu caro Bessa, extensivo à família. O seu texto traduz a ternura e firmeza que foi a vida do Seu Alencar. Não conheci, mas agora conheço. Gostei especialmente da frase de seu filh: "Ele não parte, ele se enraíza para sempre no meu coração, se funde, seremos agora um só". Me lembrou muito o imaginário bíblico, de que Deus na nossa morte recolhe novamente o sopro da vida para si. Deus dá o sopro e recolhe o sopro. Ou seja, se há uma partida, ela vai na direção de estar em Deus.. Mas, é igualmente verdade que carregamos a pessoa querida junto conosco. Abraços, Hans
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Racismo Ambiental - Combate comentou:
05/07/2021
Pubnlicado no blog Racismo Ambiental - Combate - https://patrialatina.com.br/alencar-ate-breve-cabra-da-peste/
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Valter Xeu comentou:
05/07/2021
Publicado no blog Patria Latina https://patrialatina.com.br/alencar-ate-breve-cabra-da-peste/
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Vera Campos comentou:
05/07/2021
Meu querido professor, descanse em paz. Deus console a família
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Rodrigo Martins comentou:
05/07/2021
Poxa professor, meus sinceros pêsames, meus sentimentos para o senhor e toda a sua família nesse momento de imensa dor.A crônica (juntamente com as fotos) é uma linda homenagem para o senhor Francisco. Muito emocionante mesmo, já li 5 vezes a crônica! Meus sentimentos a todos os familiares
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Ana Regina Costa Lima comentou:
04/07/2021
Querida Stela, meus sentimentos em meu nome, é de minha família. Nosso querido e amado professor Alencar, nos saudosos tempos do Colégio Aparecida. Parte para viagem definitiva ao encontro da vida eterna. Obrigada por tudo Stela e professor. Fiquei sabendo hoje, domimgo. Teca que Deus te abrace e a seus filhos com carinho de Pai.
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Goretti comentou:
04/07/2021
Linda homenagem! Fiquei muito emocionada! Muita saudade! Goretti prima do Alencar
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Emilia Rolim comentou:
04/07/2021
Que linda e merecida homenagem. Emilia Rolim ex colega da Suframa do Alencar.
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Jefferson Jezine comentou:
04/07/2021
Belíssima e merecida crônica e homenagem prestada pelo cunhado. A amizade segue resistindo entre nós que teimamos em resistir e semeando valores cristãos na vida terrena. Bom domingo. Jefferson Jezine, cardiologista, ex-aluno no D. Bosco do prof. Alencar.
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Suimara Evelyn comentou:
04/07/2021
Que homenagem linda! Que história incrível! Nossa! Que orgulho em ser sobrinha de um homem tão íntegro. Tão amado. Tão admirável…! Saudades! Que todos possam ler esse post fantástico. Tão verdadeiro!
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Dodora Bessa Farias comentou:
04/07/2021
Já reli três vezes essa tua crônica, Beibe, de tanto que gostei! A cada leitura algo de particular me chamou a atenção e me emocionou, pela riqueza das narrativas, que transforma um fato triste, numa leitura leve, me levando a refletir sobre vários aspectos. Descobri tanta coisa interessante, que deu vontade de ler mais três vezes... Após isso, vou te pedir licença para novos comentários. Até pesquisa fiz. P.ex. assisti a um vídeo de Iara e fiquei com saudade daquela cidadezinha, no interior do Ceará, que nunca vi!
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Paulo Kokai - comentou:
04/07/2021
Meu tio querido, Alencar. Vai com a fé e devoção que sempre carregou e espalhou com todos que o cercavam. Amigo de meu pai, de cerveja e de sofrimento e alegria por causa do Botafogo. O meu velho deve estar recebendo por ele no céu. Nordestino nato, fã fervoroso de Luis Gonzaga e do melhor forró raiz. Guardo muitas histórias engraçadas dele e com ele. Minha primeira viagem de avião foi com ele, para Belém do Pará, quando eu ainda era criança. Ele já estava doente há um tempo, abatido, cansado. Mas, minha tia Stella (tia Teca) ao seu lado manteve-se firme. Eles dois sempre foram minha referência de fé, perseverança e generosidade. Peço a Deus que conforte tia Teca, Silvio e Fábio, seus filhos. Toda a família está muito triste, como eu. Vai em paz, meu tio. Obrigado pelo legado que deixa. Grande homem. Dá um abraço apertado no meu velho.
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Astrid Lima comentou:
04/07/2021
Dessa testemunhança fica a vontade de tê-lo conhecido, do texto do filho, Fábio, o reconhecimento por ter traduzido, esparramando-a, em prosa o "estar em mim" do Drummond na sua poesia "Ausência". Um abraço longo à todos vocês
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Cynthia FFontana comentou:
04/07/2021
Muitas saudades de doer lá na alma, nosso Cabra da Peste vai deixar
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Ana Silva comentou:
04/07/2021
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Jefferson Jezini comentou:
04/07/2021
Fui aluno do Prof. Alencar, no Colégio Dom Bosco, nos anos 60. Professor na verdadeira acepção da palavra, não apenas nos instruía, iluminando a beleza do nosso vernáculo, mas sobretudo, com seu indefectível sotaque, transmitia com doçura e serenidade, formação em nossos jovens espírito, centrado nos mais elevados valores humanos. Prof Bessa hoje proporcionou-me, uma feliz viagem no tempo com seu artigo. Peço publicamente, desculpas a D Stella, que em janeiro, pediu apoio, e contribui pouco, posto que também estava absolutamente envolvido com parentes, irmão grave na UTI, e minha mãe que também partiu pouco antes que meu respeitável professor. Que ambos estejam em Paz na glória de Deus misericordioso.
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Cláudio NogueirA comentou:
04/07/2021
Linda e merecida homenagem. Li chorando início ao fim.
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Celeste Correa comentou:
04/07/2021
Quando o Alencar fez oitenta anos a sua estória foi contada pela Stella em forma de cordel, e hoje, na crônica do Taquiprati. Que linda homenagem!! Esse danado decidiu partir, foi juntar-se ao Gonzagão e Dominguinhos para animar o Céu, e, nas horas vagas, aproveitar para jogar um dominó com a D. Elisa. E nós aqui, cheios de saudades, continuaremos nos lembrando das suas piadas, das tiradas engraçadas e dos tantos momentos bons vividos com ele. Isso é imortalidade. O nosso Arigó é eterno.
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Rose Mary Pinheiro comentou:
04/07/2021
Meus sentimentos. F0i meu professor de português
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Dudu da Fufus comentou:
04/07/2021
grande tio Alencar. Quando eu for tu vais fazer uma crônica pra mim?
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Taquiprati comentou:
04/07/2021
(rs) Querido sobrinho Wagner, vou partir 383 anos, 82 dias e 14 horas antes de você. Mas prometo deixar escrito, vou começar pela incrível história da Nega Fufus e ainda vou incluir o Nego Nestor na tua biografia. Deixarei uma cópia no Cartório lá do Educandos, cujo titular era o Raimundinho Bessa. Bjs
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Fabio comentou:
04/07/2021
: Valeu, tio! Muito lindo!!! Dona Maris está se debulhando em lágrimas, mas uma lágrima muito gostosa, do bem! Valeu!
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Regina Cabral Freire. comentou:
04/07/2021
O Sítio Alegre ficou triste... Linda crônica!
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Ângela Dililee comentou:
04/07/2021
Lindo mano , o cabra da peste deve está com aquele risinho pensando, meu cunhado me homenageou
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Elaine Meneghini comentou:
04/07/2021
Poxa, que bela e merecida homenagem. Eu o conheci, pessoa distinta, veio pra ficar no coração daqueles que conviveram com ele. Meus profundos sentimentos. Que Deus o tenha em Sua Morada.
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Maria do Céu Freire comentou:
04/07/2021
Linda! Chorei pela emoção e pq perdi meu par nas dancinhas, aquele q eu iria "aproveitar", se ficasse viúvo, pq-dizia ele- eu era seu segundo amor
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Silvinho comentou:
04/07/2021
Meu avô querido e eterno
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Isabella Thiago de Mello comentou:
04/07/2021
Não vou me esquecer do seu Alencar quendo eu for à Joazeiro e ao Crato, conhecer as origens do Mundo Beato do Padre Ibiapina e de Padre Cícero. Pedir a Deus que Vaticano reconehça o milagre da Freira - quem sabe, agora, com Papa Francisco, o processo canônico foi reaberto faz tempo. E pedir a Deus que me perdôe - mas só pode ter sido um filhote de beuzebú quem teve coragem de roubar a toalha manchada com o sangue do milagre ( que se sucedeu por três dias consecutivos) e desenterrar e sumir com o corpo da Beata Maria do Araújo. Só para dar sumiço com as provas do milagre. Vou fazer a romaria em Joazeiro e me lembrar dessa crônica linda do cunhado Alencar do Bessa! Eita, vida, ninguém está preparado para o dia da partida. Com certeza seu Alencar está trilhando o Caminho da Luz.
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Andrea Sales comentou:
03/07/2021
É Bessa... meus sentimentos a ti e toda família! Dias difíceis! Minha saudosa mãe dizia que neste mundo só há uma certeza pra vida...a morte. Ficam as lembranças e a saudade. Meu abraço fraterno.
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