CRÔNICAS

O massacre dos presos e o Melo-merendismo

Em: 08 de Janeiro de 2017 Visualizações: 35825
O massacre dos presos e o Melo-merendismo

"Se a aparência e a essência das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessária".

(K. Marx, 1865)

Mais uma "pérola" do melo-merendismo acaba de ser atirada aos "porcos", após o massacre de 56 presos, mortos durante a rebelião que eclodiu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, 1º de janeiro, Dia da Fraternidade Universal. O escândalo comoveu o mundo inteiro, até o papa Francisco, em Roma, manifestou sua dor. Mas o governador do Amazonas José Mello Merenda achou a preocupação exagerada, afinal entre os mortos "não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores", minimizou o governador em declaração à mídia.

Essa justificativa implícita do massacre foi suficiente para empoderar os "porcos", que começaram a chafurdar sobre a "pérola" em chiqueiros das redes sociais. Um deles aplaudiu o governador Melo-Merenda, acrescentando que "são 60 bandidos a menos, fora de circulação, o que com certeza, traz mais segurança para a cidade". Uma jovem "porca", embora dizendo ser contrária às mortes, curtiu e compartilhou, confessando que "cada criminoso preso ou morto diminui os riscos que correm nossos filhos, porque são menos marginais soltos nas ruas".  Será?

A retórica nauseabunda do melo-merendismo joga todo seu peso epistemológico na aparência das coisas. O raciocínio - digamos assim - pretende ser convincente, mas é bem simplório: se não houvesse nenhum assassino, ninguém seria assassinado. Numa sociedade que tem cem assassinos, se sessenta deles morrem, reduz em 60% a possibilidade de homicídios. Os bandidos mortos, afinal, colheram o que plantaram. "É melhor que morram eles, que têm culpa no cartório, do que os nossos filhos, que são inocentes"  - postou uma auxiliar de enfermagem.  O Secretário Nacional da Juventude, um tal de Bruno Júlio (PMDB, vixe, vixe)  escolhido para o cargo por Michel Temer, escancarou, aloprou e declarou em sua página pessoal do Facebook aquilo que Temer, Melo Merenda e Alexandre Moraes pensam, mas por enquanto ainda têm vergonha de assumir publicamente: "Tinham que ter matado mais presos, deveria haver uma chacina por semana". Menos bandidos, mais segurança. 

A aparência

Esse tipo de discurso lembra a polêmica que Karl Marx teve em meados do séc. XIX na Associação Operária Internacional com o inglês John Weston para quem era impossível obter aumento real de salários dos trabalhadores, uma vez que qualquer aumento é logo repassado para as mercadorias, que ficarão mais caras ao serem compradas pelos próprios trabalhadores, que mantém assim o poder de compra anterior. "Se uma terrina contém determinada quantidade de sopa, destinada a um número limitado de pessoas, a quantidade de sopa não crescerá se aumentarmos o tamanho das colheres" - ele disse.

Foi aí que Marx, retomando a distinção que já faziam os filósofos gregos entre a "aparência" e a "essência" das coisas, nos convidou a desconfiar daquilo que a gente vê no cotidiano que "somente capta a aparência enganadora das coisas". Essa aparência ilusória traiu a humanidade que durante alguns milênios acreditou que o sol dava voltas ao redor da terra, o que podia ser comprovado pelos olhos de qualquer pessoa. Quem diria que a água, que apaga o fogo, é formada por dois gases altamente inflamáveis?  - pergunta ele, concluindo:

- "Se a aparência e a essência das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessária".

A ciência é, efetivamente, desnecessária para Melo-Merenda e para essa outra "coisa" que pretende presidir o país. Navegando nas águas do melo-merendismo, Michel Temer, que três dias depois do massacre ressurgiu dos mortos, classificou o banho de sangue na penitenciária como um "acidente pavoroso". Ou seja: foi sem querer. Além disso, declarou Temer, "o presídio era terceirizado e privatizado e, portanto, não houve uma responsabilidade objetiva, clara e definida dos agentes estatais". Ele e seu ministro kinder ovo anunciaram a construção de novos presídios como forma de solucionar o problema. 

A essência

É terrível ser desgovernado nacionalmente e estadualmente por duas figuras execráveis, que investem na aparência das coisas quando garantem que construir mais penitenciárias aumentará a segurança do "cidadão de bem", que - coitadinho! - acredita naquilo que vê: o sol dando volta em redor da terra. Não divulgam as estatísticas que os presídios abrigam cerca de 10% de homicidas e que o restante é formado por ladrão de galinha, vendedores de maconha e outros delitos equivalentes. Só ficam de fora os que desviam recursos da merenda escolar e da saúde.

Por isso, é conveniente destacar a conclusão do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Verani, que estudou a questão, observou, analisou e concluiu que, ao contrário das aparências, a terra é que gira em redor do sol. Ele foi diretor-geral da Escola da Magistratura (EMERJ), presidente da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, professor de Prática Forense Penal da Faculdade de Direito da UERJ e autor do livro "Assassinatos em nome da Lei". Numa postagem, escreveu:

"Por uma Sociedade Sem Prisões ! O massacre no presídio de Manaus não será o último. Outras mortes virão, pois a finalidade da pena privativa de liberdade é exatamente a produção da degradação humana, até o aniquilamento da pessoa. A prisão é irreformável e inumanizável, é uma instituição incompatível com a condição humana. Enquanto não ocorrer a sua abolição, o Poder Judiciário e o Ministério Público poderiam contribuir para reduzir esse grande encarceramento".

"A maior parte das condenações à pena privativa de liberdade poderia ser evitada, sem mencionar as prisões preventivas decretadas sem qualquer fundamentação jurídica. Os juízes e promotores poderiam despojar-se da sua ideologia punitivista, além de garantir os direitos dos presos. Se a prisão não cumpre as garantias da Constituição Federal, do Código Penal, do Código de Processo Penal, da Lei de Execução Penal, torna-se ilegal a prisão, e o preso deve ser solto. Abaixo a ideologia da repressão! Por uma sociedade sem prisões!".

Dois dias após a postagem do desembargador Sergio Verani e horas após Michel Fora Temer declarar que "não há chances de novas rebeliões em presídios", ocorreu nessa sexta (6), Dia dos Reis Magos, outro "acidente", outra chacina na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima, com 31 mortos, entre os quais presos provisórios que não haviam sido condenados em instância final de julgamento. Tal como desejado pelo Secretário Nacional da Juventude, o tal do Bruno Júlio, investigado por agredir a mulher em Belo Horizonte. O país pode, no entanto, ficar tranquilo, porque o ministro Alexandre de Moraes jura que "a situação nos presídios não saiu do controle". Não explicou do controle de quem. É esse lixo que governa hoje o país.

 

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39 Comentário(s)

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graça barreto comentou:
22/12/2017
INTERESSANTE BESSA MUITAS DAS POSTAGENS SOBRE O ZECA MERENDA DESAPARECERAM DA MINHA LINHA DO TEMPO. SÓ APARECEM NA PÁGINA DO PERFIL NO FACE!
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Tarsila Freitas comentou:
21/01/2017
Rebeliões e massacres nos presídios: Dia 01 en Manaus, dia 6 em Roraima, dia 14 no Rio Grande do Norte e agora, dia 21 em Pernambuco, na Penitenciária do Capibaribe. Cada semana pipoca uma. Onde será a próxima na próxima semana? Está tudo sobre o controle - diz esse arremedo de ministro da Justiça..
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Joáo Guilherme comentou:
18/01/2017
A lógica carcerária brasileira é a seguinte: num espaço no qual cabem 200 pessoas, coloquem 3 mil. E que surja uma civilização daí.
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Emanuel Bonfim (via FB) comentou:
15/01/2017
Professor Ribamar, no dia 01 de janeiro, presos decapitados em Manaus. Está tudo sobre controle, diz o ministro da Justiça. Dia 6 em Roraima, mais decapitações nas prisões de Roraima e agora, dia 14, no Rio Grande do Norte. Está tudo sob o controle do PCCC. Veja a noticia: onde vamos parar? \"O Governo do Rio Grande do Norte confirmou na noite deste sábado (14) que pelo menos dez presos foram assassinados durante uma briga entre facções criminosas na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal (RN), que começou durante a tarde. Não há registro de fugas ou reféns. No início da noite, a Coape (Coordenação de Administração Penitenciária) havia confirmado a decapitação de três presos depois de ver imagens divulgadas pela polícia nas quais podiam ser vistas três cabeças jogadas na área externa da unidade prisional. Os presos mortos ainda não foram identificados. \"Deu para ver que eles [os presos] jogaram três cabeças para fora dos pavilhões, mas a polícia ainda não conseguiu entrar na unidade prisional\", disse o coordenador de administração penitenciária do Rio Grande do Norte, Zemilton Silva. Segundo o governo do RN, a rebelião começou por volta das 17h (18h no horário de Brasília), quando presos do pavilhão 5, chamado de Presídio Rogério Madruga Coutinho, invadiram o pavilhão 4 para matar rivais. A rebelião não atingiu os pavilhões 1, 2 e 3\".
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J. Amaro comentou:
15/01/2017
A revista Veja que está circulando neste final de semana informa que o traficante José Roberto Fernando Barbosa, o Zé Roberto da Compensa, costuma usar a seguinte frase: “Nossa facção é tão fraca que nós elegemos foi um governador”. Ele se refere a José Melo. E, 2014, o mesmo veículo de comunicação denunciou o que seria um acordo entre dirigentes do Complexo Penitenciário Anísio Jobim e o criminoso, para beneficiar o então candidato à reeleição. Veja vai além e diz que, um ano depois da eleição, Zé Roberto fez um novo acordo com o governo para “manter a paz nas ruas”. Em 2014, após o segundo turno, uma grande carreata percorreu as ruas da Compensa, comemorando a vitória de José Melo. O governador repete o argumento de que foi Eduardo Braga quem venceu a eleição dentro dos presídios, mas esquece que seu próprio governo alardeou ter apreendido um cadastro com 200 mil nomes, que seriam os soldados da Família do Norte, facção de Zé Roberto. Logo, a influência da facção fora da cadeia é enorme e dentro é tão forte que qualquer resultado poderia tanquilamente ser manipulado.
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Taquiprati comentou:
10/01/2017
Postagem da professora Socorro Calhau, da UERJ, que compartilho aqui: É do conhecimento de todos que coordeno, há 5 anos, um Projeto de Pesquisa e Extensão de nome “Do Cárcere à Universidade”, na UERJ. O objetivo desse trabalho é garantir o Direito à Educação Superior às pessoas privadas de liberdade que se encontram no regime semiaberto e lograram êxito no vestibular. Trata-se de solicitar autorização (e as renovações semestrais) para frequentar as aulas à VEP - Vara de Execuções Penais; receber o interno do Sistema Prisional num espaço onde ele possa ter condições de se formar academicamente, ter acesso à tecnologia, e auxiliá-lo nas possíveis intercorrências, dificuldades (que são muitas); aceitação pela comunidade acadêmica; participar de Congressos e demais Reuniões Científicas; e por último, incentivar a criação de uma Política Pública de Inclusão das Pessoas Privadas de Liberdade nas Universidades. Nosso projeto é um grãozinho de areia na árdua tarefa de garantir o Direito à Educação das Pessoas Privadas de Liberdade. Não tenho verba alguma, nem uma grande equipe. Apenas uma bolsista, uma voluntária e, evetualmente, um advogado igualmente voluntário que empresta algumas horas para a nossa causa. Aprendi a transitar pela VEP, falar com os juízes e juízas, abrir um espaço para a interlocução universidade/judiciário, na busca do cumprimento de um DIREITO. Toda vez que ouço as pérolas: “bandido bom é bandido morto”, “devia ter uma chacina por mês”, penso no nosso projeto como uma flor para oferecer às pessoas que se sentem superiores, ou muito melhores do que alguém que está passando pelo Sistema Prisional. Toda vez que um interno passa no vestibular e adquire o benefício do semiaberto, e nos procura, como hoje, que recebemos mais um preso, que vai se tornar universitário, meu coração de enche de ESPERANÇA e eu me sinto feliz feito menina arteira. Esperamos poder oferecer, cada vez mais, essas flores, às pessoas que ainda não descobriram que o mundo só fica realmente bom de se viver, quando estamos TODOS, absolutamente TODOS, juntos, como parceiros na construção da Cultura da PAZ. Vida que segue!!
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André Soares comentou:
09/01/2017
Acho que o buraco é mais embaixo. Estamos vendo o Estado submisso ao crime organizado, ao narcotráfico, que deixou de ser um \"poder paralelo\" para se tornar um \"poder de fato\". Alia-se à esta conivência a corrupção dos que permitem a entrada de armas e drogas nos presídios em troca de suborno e a bomba-relógio está pronta, prestes a explodir. E quando explode, agora já sabemos as consequências.
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Carlota comentou:
08/01/2017
Queria lhe dar os parabéns pela coluna e por essa matéria especificamente. Hoje estava me lembrando que o Mário Soares foi preso umas três vezes. Talvez quem o prendeu também achasse que não era coisa boa. Mas fosse quem fosse, estar sob a guarda do Estado e ser esquartejado?
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Rubelmar de Azevedo Filho (via FB) comentou:
08/01/2017
Sou contra quaisquer tipos de violência, mas existem casos que o tratamento seria prisão perpétua sem regalias. No caso específico de RR, se existem índios junto com bandidos de alta periculosidade a culpa é do governo federal e diversas ONGs que provocaram um verdadeiro \"apartheid\" com a demarcação da \"Raposa-Serra do Sol\", e deixaram os índios abandonados à própria sorte. A maior agressão ao indígena brasileiro é cultural, quando \"padres e pastores\" impõem um Deus Romano como profissão de fé pra quem acredita em seus Deuses. Atualmente existem índios, que pra sobreviverem, entraram para o narcotráfico de forma ingênua, ou pras FARCS, que dá no mesmo.
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Geraldo Sá Peixoto Pinheiro (VIA fb) comentou:
08/01/2017
.... bateu a bola e fez um gol de placa. Também achei mto boa e compartilhei!
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Luís Balkar (via FB) comentou:
08/01/2017
Irretocável! Bessa, como sempre, foi ao centro da questão.
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Gilva Guimaraes (via FB) comentou:
08/01/2017
Análise perfeita! Texto espetacular!Sensacional
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Flávia Lisbôa (via FB) comentou:
08/01/2017
Em apenas uma semana, dois casos como esses não podem ser interpretados como acaso, acidente ou coisa parecida, apesar das manifestações irresponsáveis dos \"governantes\". Compartilhando professor.
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Lidia Santos comentou:
08/01/2017
Exemplar, esta crônica, Bessa! Necessária, bem fundamentada e sem incitar mais ódio, como fez a imprensa \"grande\" (em que, por favor?) ao publicar a entrevista com tal encarregado da \"juventude.\" Obrigda! Repassando na meu mural do FB.
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Múcio Medeiros (via FB) comentou:
08/01/2017
O fato é alguns poucos professores do Estado postaram absurdos, como a fala de um policial, inocentando o Estado pelas mortes! Grande amigo Professor José Bessa, estou compartilhando seus textos que, a meu ver, representa algo lúcido diante dos absurdos que se anunciam como soluções!
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Lélia Crispim (FB) comentou:
08/01/2017
Estou simplesmente HORRORIZADA com os comentários vindos de quem exerce o poder em diferentes níveis. Olhe só essa notícia: \"O deputado federal Fernando Francischini (SD-PR), ex-secretário de segurança pública do Paraná, publicou em suas redes sociais mensagens afirmando que as “famílias de bem” estão “aplaudindo de pé” os massacres nos presídios. Francischini, que é delegado da polícia federal licenciado, é integrante da chamada “bancada da bala” no Congresso. As mensagens sinalizando apoio aos massacres foram publicadas pelo deputado na manhã desta sexta-feira. Algumas expressões ele escreveu em letras maiúsculas para chamar a atenção de sua opinião. “Enquanto for BANDIDO matando BANDIDO, as FAMÍLIAS de BEM que tiveram seus PAIS MORTOS em ASSALTOS, seus FILHOS escravizados pelas DROGAS e suas MÃES destruídas por ESTUPROS estão APLAUDINDO DE PÉ!”, publicou o parlamentar, por volta das 9h, replicando mensagem que afirmava haver planos do PCC de executar presos de facções rivais como resposta às mortes ocorridas no início da semana em Manaus (AM).
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Antonio Sanches comentou:
08/01/2017
O MASSACRE DE MANAUS PELO MENOS SERVIU PARA ESCANCARAR MAIS UMA VEZ AS FALCATRUAS DO MELO DA MERENDA ESCOLAR, CASSADO MAS NÃO AFASTADO. E O POVO SÓ NO TOP, TOP, TOP...
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Felipe Lindoso (via FB) comentou:
08/01/2017
Bessa, diplomático, fala em melo-merendismo, em relação ao governador do meu pobre estado do Amazonas, José Mello. Eu digo que é mais uma pérola do melo-merdismo. Para o sujeito que começou sua \"carreira\" de mulher pública (ops, homem público!), como alcaguete do SNI na UFAM... isso é só coerência.
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Heliete Vaitsman comentou:
08/01/2017
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Emerson Quadros Zanetti comentou:
08/01/2017
Da teoria das aparências nos resta a árdua tarefa cotidiana de definir quem é o verdadeiro \"HOSTIS\" o tão falado inimigo público... Nos cabe produzir a sinergia necessária capaz de trazer o esclarecimento de que estamos sempre atrasados. Num mundo que busca alternativas para acabar com o Cárcere, com as penitências - penitenciárias (vide esforço holandês) somos forçados a sucumbir ao discurso neandertalense de que aumentar a teia prisional é a melhor política de Justiça - Justiça de quem? e Para quem?
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Giuliana Orofino comentou:
08/01/2017
Aqui em Manaus, acaba de acontecer um novo \"acidente pavoroso\" com mais mortos na Penitenciária da terceira ponte para onde foram transferidos os presos. Como escreveu alguém: \"Acidente pavoroso sê-lo-ia o golpe dado contra a Dilma\".
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Blanca K\'hiwaná comentou:
07/01/2017
Adorei, Bessa, querido! Seus textos são como oásis nesse tempo estranho em que vivemos atualmente.
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João Bosco Seabra da Silva (via FB) comentou:
07/01/2017
\"Você sabe que em casa de vagabundo, malandro não pede emprego. Como é que você vem com xavecada, está armado? Eu quero é ver gordura que a banha está cara! \" Moreira da Silva
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Jerusa Ferreira (via FB) comentou:
07/01/2017
Grata por sua atuação. Uma vergonha o sistema carcerário brasileiro. o estado tem obrigação de proteger os cidadàos sob sua custódia. Como se não bastasse Carandiru……
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Mayara Lima (via FB) comentou:
07/01/2017
O ex-marido de minha amiga postou que tava muito feliz com os bandidos que foram mortos na revelião, aí eu comentei: \"ainda bem que a fulana não te denunciou por estar devendo 7 meses de pensão, podia ser você lá\" . Ele me bloqueou. Não entendi o motivo, só fiz uma observação.
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Ceane Simões (via FB) comentou:
07/01/2017
Zé-Merendismo e Michael Fora Temer: as duas faces da mesma moeda.
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Sandra De Almeida Figueira comentou:
07/01/2017
Excelente Bessa. Parabéns. Essa é a minha praia. Condordo plenamente.
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JOSÉ da Silva SERÁFICO de Assis Carvalho comentou:
07/01/2017
Meu caro Babá, como se dizia, faz tempo: na pleura! Caberia perguntar ao Melo se os anjos e os santos estão nos gabinetes que mandam neste país, se não estão nas penitenciárias. Tô contigo! O abraço fraterno.
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Silvia Nunes (via FB) comentou:
07/01/2017
Jair Bolsonaro fez comentários a favor do massacre, apoiado por Alexandre Garcia na Globo News. Os seguidores ostaram alguns comentarios que me deixaram horripilada, ai vai uma amostra Rodrigo Queiroz bandido bom é bandido morto , limpeza em Manaus , tinha que morrer 600 . Neuzi d Paula Paula Alberto Henrique e ainda fazem filhos na cadeia, pra nós sustenta - los com nossos impostos,maldita visita íntima. Francisco Paixao É um absurdo um preso ter mais valor q um estudante,professor e trabalhador.Os poderes sao constituido por marchinais. Smoke Green josecarlos jesus sem xoro quem defende bandido é pior que eles kkkk Junior Pipos a porcaria da imprensa estão dando ênfase esses marginais mortos, e enquanto as pessoa de bem que morrem todos os dias não estão nem aí. betinho2000 Nossa, que legal, massacre, muita gente morta...mas lembrem se que em alguns anos todos esses presos estarão nas ruas com você e sua família,. CUIDADO! O PRESO DECAPITADOR DE HOJE, QUE VOCÊ TANTO ADORA, PODE SER AQUELE QUE VAI CRUZAR O CAMINHO DE SEU FILHO NA 1ª SAIDINHA TEMPORÁRIA.
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Alessandra Marques comentou:
07/01/2017
Dostoievski descreve bem o que é uma prisão em Recordações da Casa dos Mortos. Não desejo encarceramento para os outros, que dirá ser morto em rebeliões.
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Alessandra Marques comentou:
07/01/2017
Muito bom o texto. Discordo cada dia mais desse sistema vingativo da justiça. Presídio foi feito para a sociedade abandonar pobres e pretos, em vez de se discutir a justiça social.
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Artur Nobre Mendes comentou:
07/01/2017
Nesse presídio em RR há mais de uma centena de indígenas cumprindo sentenças, na sua grande maioria em consequência de processos judiciais absurdos. Será por isso que não revelaram ainda a identidade dos mortos nessa chacina? Apreensão e medo.
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Celeste comentou:
07/01/2017
Essas rebeliões com mortes ocorridas nos presídios de Manaus e de Boa Vista escancaram a falência do sistema prisional brasileiro e tudo o que os envolve:as \"belíssimas\" privatizações do sistema, o custo excessivo dos presos inversamente proporcional às condições de vida deles, a inoperância das instituições e,mais que isso, o que as nossas autoridades pensam a respeito do valor da vida. Sim,porque para alguns deles,a vida de bandidos não tem a mínima importância, diferente da vida de \"pessoas de bem\" como os Srs. Fora Temer, Melo merenda, e o tal secretário de governo.(vixe,vixe!). E essa arrogância e essa deformação de valores os impede de fazer qualquer reflexão sobre a falência do sistema prisional e muito menos, sobre o tipo de sociedade que queremos.E isso tudo ainda é fortemente reforçado por um segmento grande da mídia que já há algum tempo vem fomentando de forma irresponsável o ódio e a lei de Talião,utilizando discursos reacionários para desqualificar entidades como os Direitos Humanos e as pastorais carcerárias. Com isso estamos lendo pelas mídias sociais os piores comentários sobre essa chacina e sobre essas entidades,comentários escritos por \"gente de bem\" que julga,pune,condena, e indiretamente mata, com a convicção que está fazendo uma faxina na sociedade,quando,na verdade, essas pessoas não conseguem ver que matar, ainda que de forma indireta um assassino, o número de assassinos continua o mesmo.
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Marly Cuesta (via FB) comentou:
07/01/2017
Esse tal Ministro da Justiça,não era o Advogado do PCC? Cruzes,não vi tudo ainda!
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Ana Stanislaw comentou:
07/01/2017
As aparências realmente enganam!!! Tempos sombrios mesmo. Bessa, sempre, com suas linhas cheias de sensatez e humanidade.
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Ronaldo De Maria Derzy (via FB) comentou:
07/01/2017
Dar 40 milhões nas mãos do melinho é jogar pérola aos porcos - Eu no FB dia 02/01/2016
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Beth comentou:
07/01/2017
A situação em Manaus está preocupante. Está um caos! A polícia dá informaçoes discrepantes da mídia, a população relata fatos que a polícia insiste em dizer que é boato e por aí vai. Ninguém se entende... Bjs, Beth
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Magela Ranciaro (via FB) comentou:
07/01/2017
Os porcos saberão muito mais o que fazer com as pérolas do que esse idiota. Aliás, esse careca aí, ao lado, tb frequentou a mesma escola.
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Ligia Aquino (via FB) comentou:
07/01/2017
Muito bom. Que tempos sombrios e desafiadores que estamos mais uma vez vivendo!
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